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Eleições de 2022 registram menor número de votos nulos e brancos desde 2014

Um número maior de comparecimento às seções eleitorais foi registrado este ano, com apenas 20,89% de abstenção

Os votos nulos ou em branco não são considerados válidos e, por isso, não contribuem nenhum candidato

As Eleições Gerais de 2022, além de apresentarem um número abaixo da média de abstenções, registraram o menor número de votos brancos e nulos para presidente da República desde 2014. Nas eleições de 2022, apenas 4,41% dos eleitores anularam o voto, enquanto na última eleição geral, em 2018, este número foi de 8,8%, o dobro. Além disso, apenas 20,89% dos brasileiros não compareceram às seções eleitorais.

Em discurso após o fechamento das apurações das urnas eletrônicas, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) comemorou os números: “Um dado que me parece interessante é que, daqueles 80% que compareceram, nós tivemos o menor número histórico, desde 2014, de votos em branco e nulos. Em 2018, por exemplo, foram 8,8% e, agora, só 4,20%. Ou seja, aproximadamente 7 milhões e 500 mil pessoas a mais apareceram para votar em candidatos”.

Um dos motivos para isso, segundo Morais, seria a polarização do país. Segundo o presidente do TSE, este também é motivo para o aumento das filas nas seções eleitorais por todo o país. “Talvez porque esta seja uma eleição mais acirrada e polarizada, e talvez este seja um dos motivos concorrentes para que tenha ocorrido filas em alguns locais. É diferente uma pessoa chegar e anular o seu voto, ou votar rapidamente em branco, do que escolher as 5 opções. Isso, logicamente, leva um tempo a mais. Mas esse é um dado interessantíssimo, pois representa uma maior participação efetiva na escolha dos dirigentes do país”, alegou Morais.