O candidato à Presidência pelo PDT, ex-ministro Ciro Gomes, afirmou que a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) transforma a eleição deste final de semana na mais “odiosa” e “intolerante” do país. Ciro disse que, pela primeira vez na vida, teve sua vida ameaçada por um militante petista e entrou na Justiça para se proteger.
O candidato foi entrevistado no Jornal da Itatiaia Noite desta quinta-feira (29) pela jornalista Edilene Lopes.
“Pela primeira vez na minha extensa vida pública, ontem, eu entrei na Justiça pedindo providência. Porque a partir desse clima fascista que o Lula e o PT criaram uma pessoa ofereceu R$ 50 para quem me matasse. Claro que deve ser um maluco. Mas um chefão não calcula lá embaixo o que um maluco pode fazer. Eu quis fazer uma notícia crime para que a Justiça faça uma providência para ver o que Lula e Bolsonaro estão fazendo com esse país. Nós estamos em uma bolha, super protegidos, quem vai ser assassinado é nosso povo, são pessoas inocentes incitadas por essa cultura de ódio e de paixões, estão indo a vias de fato e matando gente”, afirmou.
Perguntado sobre as ameaças aos candidatos e ataques entre militantes neste período eleitoral, Ciro disse que o cenário vai contra a tradição pacífica do país e que o clima está cada vez mais pesado.
“Não é da tradição brasileira (atentados contra candidatos), embora tenhamos tido o constrangimento de assistir aquele atentado em Juiz de Fora que quase matou Bolsonaro. Então é bom ter precaução. E esse clima é muito pesado, nunca vi tanto ódio, tanta falta de pudor e tolerância como estou vendo agora. Esse clima vai matar o Brasil se não conseguirmos desarmar essa bomba”, afirmou Ciro.