Em sabatina no Jornal da Record na noite desta segunda-feira (26), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse sofrer “perseguição política” por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Questionado sobre decisões recentes da Justiça Eleitoral sobre uso da máquina pública por parte do candidato à reeleição. Bolsonaro disse que o TSE acata ações impostas pelo Partido dos Trabalhadores e que não há “como convencê-los”.
Recentemente, o TSE proibiu que o presidente fizesse “lives” em que pedia votos a candidatos aliados e proibiu que a campanha de Bolsonaro fizesse uso de imagens do presidente no desfile de 7 de Setembro, no funeral da Rainha Elizabeth II em Londres e no discurso na Assembleia Geral da ONU, nos Estados Unidos, na última semana.
“Eu não mando no TSE. Não tem como convencê-los. Isso é uma perseguição política”, afirmou ao citar as proibições do uso de imagens e de lamentar ter que deixar o Palácio da Alvorada para transmitir as “lives”.
“O TSE fica o tempo todo aceitando qualquer ação de partidos políticos, em especial do PT, para tentar atrapalhar a minha campanha. A ministra Cármen Lúcia mandou retirar qualquer outdoor de Brasília que tenha as cores verde e amarela dando a entender que estavam fazendo campanha para mim. Nós resgatamos o patriotismo nesse país”, defendeu.
Questionado se iria reconhecer os resultados das urnas caso não fosse o vencedor das eleições, Bolsonaro repetiu que reconheceria, “sem problema nenhum”, se as eleições fossem “limpas”, apesar de não ter respondido sobre o que isso significaria. Em seguida, ele disse que iria “esperar o resultado” e questionou as pesquisas eleitorais, que têm colocado seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à sua frente.
“Eu vou esperar o resultado. Tenho falado em pronunciamentos que eu nunca vi um candidato com 45% das intenções de voto sem poder sair às ruas. E o que é a democracia? É a vontade popular. E não estamos vendo a vontade popular nas pesquisas eleitorais”, afirma.
Por fim, Bolsonaro voltou a atacar ministros do TSE.
“Os mesmos juízes que tiraram Lula da cadeia e o tornaram elegível são os mesmos juízes que conduzem o processo eleitoral e tudo dificultam para que a comissão de transparência eleitoral consiga participar para evitar a possibilidade de questionamentos ao término das eleições”, atacou.
