Sara Azevedo aposta na pressão em possível relação com o governo Bolsonaro

Sara Azevedo, candidata do PSOL ao Senado por Minas Gerais, disse nesta sexta-feira (23) que, se eleita, vai levar ao governo Federal projetos sobre pautas importantes e estruturais, mas recorrerá também à pressão da população em um possível relacionamento com o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. Sara é a quinta candidata ao Senado a participar da série de entrevistas da Itatiaia nesta semana.

“Nós temos propostas que vão ser apresentadas que têm que ser de comum (interesse). Uma das propostas imediatas, se não tiver nenhuma resolução, é a questão da fome. Então, o presidente (Bolsonaro), inclusive, muda de opinião quando teme pressão ou não. Se tem pressão, ele muda de opinião. Se não tem pressão, ele não muda de opinião”, disse a candidata.

“Isso vem acontecendo ao longo do tempo, inclusive agora com a retirada de recursos da (Programa) Farmácia Popular para incluir no orçamento secreto. E depois (da pressão), voltou atrás e disse que não iria tirar mais. Então, precisa de pressão popular para os projetos acontecerem e pressão parlamentar para que as coisas aconteçam. A negociação vai ser nesses termos de discussão: apresentação de propostas, se houver uma negativa, pressão da população e pressão da Senado”, garantiu.

Virada

Faltando pouco mais de uma semana para as eleições, Sara diz acreditar no voto dos indecisos para ser eleita. Pesquisa Datafolha divulgada nessa quinta-feira (22) aponta a candidata do PSOL na quarta colocação, com 4% das intenções de voto.

Cleitinho (PSC), com 20%, Alexandre Silveira (PSD), com 13%, e Marcelo Aro (Progressistas), com 10%, ocuparam as três primeiras posições no levantamento.

“Acredito que nove dias são suficientes para definir sobre quem vai ganhar de fato. Está muito indefinido, inclusive porque o número de indecisos ainda é grande dentro da disputa do Senado. A própria pesquisa Datafolha coloca que tem 30% de indecisos. Então, o Senado, justamente por ter sido mais distante, também é um dos últimos votos (a ser definido)”, disse a candidata.

“Essa virada a gente já está fazendo. Na verdade, a gente já fez uma campanha que rodou mais de 20 mil km no Estado inteiro, fomos desde Manga, no extremo Norte do estado, passando por as grandes cidades”, disse.

Altamiro Alves

Neste sábado (24), Pastor Altamiro Alves (PTB) encerrará a série de entrevistas com candidatos ao Senado por Minas.

Ouça a íntegra da entrevista: