Diferença entre Lula e Bolsonaro cai para 8 pontos, mostra pesquisa Quaest

Diretor da Quaest, Felipe Nunes, avalia que melhora da avaliação do governo contribui para melhoria de cenário para Bolsonaro

Pesquisa Quaest aponta para redução de dois pontos na diferença entre Bolsonaro e Lula

Faltando pouco menos de três semanas para o primeiro turno, a diferença entre os dois principais candidatos à Presidência da República caiu de 10 para oito pontos percentuais, revela pesquisa Genial/Quaest publicada nesta quarta-feira (14). Se, na semana passada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcava 44%, segundo o levantamento, hoje, ele tem 42% das intenções de voto. O candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL) segue estagnado com 34%.

Para o diretor do Instituto Quaest, o cientista político Felipe Nunes, a oscilação negativa de Lula pode ser explicada por alguns fatores.

“Mesmo sendo na margem de erro, é importante destacar quais sub-grupos se moveram. Lula oscilou negativamente no público de renda média. Passou de 42% para 37% entre quem recebe de 2 a 5 salários mínimos de renda total familiar. Já a vantagem de 25 pontos de Lula sobre Bolsonaro se manteve no público de baixa renda”, explica.

Outro ponto levantado por Nunes é a melhora na avaliação do governo de Bolsonaro.

“A diminuição da distância entre Lula e Bolsonaro veio acompanhada de uma melhora na imagem do governo federal”, afirma. “A avaliação negativa caiu, chegando a 38%, e a avaliação positiva se manteve nos 32%. Também melhorou a expectativa sobre a economia no próximo ano. O ambiente melhorou para o presidente, e só não melhorou mais porque os preços dos alimentos continuam altos, o que atinge mais diretamente a população de baixa renda”, avalia.

Já o Auxílio Brasil, apontado como trunfo eleitoral de Bolsonaro, não impactou a pesquisa.

“Vai ficando cada vez mais claro o impacto eleitoral nulo do Auxílio Brasil. A distância entre Lula e Bolsonaro entre quem recebe o auxílio se mantém próximo dos 25 pontos. Entre a população de baixa renda, o sentimento não é de melhoria no preço dos alimentos. A classe média e classe média alta é que estão sentindo efeitos econômicos mais positivos, daí a diminuição da diferença entre Lula e Bolsonaro nesses estratos”, completa.

A Rádio de Minas. Tudo sobre o futebol mineiro, política, economia e informações de todo o Estado. A Itatiaia dá notícia de tudo.

Ouvindo...