O candidato do PL ao governo de Minas, Carlos Viana, afirmou que o governador Romeu Zema (Novo) “traiu” o presidente Jair Bolsonaro (PL) e “deu as costas” para o chefe do Executivo federal ao não garantir um palanque no estado.
Questionado na entrevista à Itatiaia, na manhã desta terça-feira (13), sobre os gestos feitos pelo presidente Bolsonaro com elogios ao governo Zema, Viana disse que não houve retribuição do governador.
“Ele fez gestos para Zema e não foi retribuído. Quem levanta o braço de Jair Bolsonaro em Minas sou eu e não é pelo presidente, faço isso pelo Brasil”, disse Viana.
O governador Romeu Zema declarou apoio ao candidato do Partido Novo na disputa pelo Palácio do Planalto, Luiz Felipe D’Ávila, mas afirmou que, caso a disputa vá para o segundo turno, não votará no candidato do PT. O recado foi uma sinalização de que Zema pode apoiar Bolsonaro em um eventual segundo turno.
Viana afirmou que se lançou como candidato ao governo de Minas para garantir que Bolsonaro tivesse um palanque no estado, segundo maior colégio eleitoral do país, e criticou a decisão de Zema de não apoiar a reeleição do presidente.
“Quando fui convidado pelo presidente para ter um palanque em Minas, no dia 2 de abril, ficou muito claro que o ideal era ter a direita em Minas reunida, em um palanque único. Minha primeira missão era ter um palanque e mostrar o que o Bolsonaro fez. E ele fez muito por nós. Como posso não defender um presidente que me deu R$ 2,8 bilhões para fazer o metrô? O atual governador recebeu todo tipo de ajuda, Minas não pagou R$ 1 da dívida. O governo federal não cobrou”, afirmou Viana.
Segundo ele, o Tesouro Nacional poderia ter cobrado as dívidas do governo de Minas, uma vez que é o avalista de empréstimos tomados com bancos internacionais. No entanto, as liminares foram concedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e estão sob análise do Poder Judiciário, não do Executivo.
Viana disse ainda que sua campanha tem ajudado no crescimento de Bolsonaro no estado e que as pesquisas vão apontar uma virada na corrida presidencial em favor do presidente. “Estou disposto a ser candidato para que Bolsonaro tenha um palanque em Minas. Quando eu comecei, o ex-presidente e ex-presidiário tinha 25 pontos de frente, hoje estamos empatados em Minas e as pesquisas mostram que vamos virar”, disse.
Metrô de BH
O candidato afirmou que o ‘problema do metrô de BH está resolvido’ e que os recursos para a ampliação dos trilhos na capital mineira já estão garantidos pelo governo federal.
“Durante 12 anos, só eu falei sobre metrô. Quando fui para o Senado, diziam que não tem solução. O metrô de BH está resolvido o problema dele: tem R$ 2,8 bilhões que eu consegui com o presidente da República. Quando fizemos um estudo sobre a CBTU e mostramos para o ministro Paulo Guedes, que a CBTU dá prejuízo de R$ 240 milhões de prejuízo mês em BH, imediatamente conseguimos. Foi a única votação no Congresso Nacional de investimento em trilhos urbanos e o presidente aprovou. Esse dinheiro foi entregue ao governo de Minas em outubro do ano passado”, afirmou Viana.