A candidata à Presidência da República, Soraya Thronicke (União Brasil), acusou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de abandonar suas bandeiras das eleições 2018, como o combate à corrupção e a liberdade econômica. Em sabatina na CNN Brasil na noite desta sexta-feira (2), a senadora também disse que Bolsonaro é responsável pela execução das emendas do orçamento secreto e pela crise institucional com outros Poderes.
“Tive uma decepção muito grande”, disse a senadora eleita na esteira do bolsonarismo, com relação ao presidente da República. Soraya Thronicke disse que, em um eventual governo, devolverá a autonomia à Polícia Federal e que estabelecerá mandato fixo de 4 anos para o diretor-geral da instituição, para evitar interferências por parte do Poder Executivo.
Ela também criticou as ações do governo brasileiro com seus parceiros comerciais.
“Demitiria na hora o ministro que falasse mal do nosso maior parceiro comercial, a China, e o ministro que falasse mal de um parceiro comercial menor, a França”, se referindo a episódios envolvendo o ex-ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Questionada sobre erros cometidos pela operação Lava Jato, que levaram à anulação do processo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a senadora disse que houve mais “acertos que erros”.
“Pela primeira vez vimos corruptos indo para a cadeira e dinheiro sendo devolvido”, justificou.
Soraya Thronicke também apresentou sua proposta de simplificação tributária, com a substituição de 11 impostos federais por um imposto único. Ela também disse que é “hora de apertar os cintos”, com relação à situação fiscal do país.
“Nós temos que apertar os cintos de uma vez por todas, e os cintos não foram apertados. E teremos que dar um jeito e fazer uma reforma tributária simples e rápida, para conseguir, o mais breve possível, reaquecer a economia”, completou.
