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Polícia Federal aceita delação premiada de Mauro Cid

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi ouvido sucessivas vezes nas últimas semanas. STF precisa homologar delação para que seja válida.

Tenente-coronel Mauro Cid

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, espera o aval do Supremo Tribunal Federal (STF) que pode viabilizar uma delação premiada no caso que envolve a venda das joias e outros artigos de luxo recebidos pela Presidência na gestão de Bolsonaro.

A Polícia Federal aceitou fechar um acordo de delação com Mauro Cid. Agora, o Ministério Público Federal (MPF) precisa ser ouvido sobre as condições para o acordo ser firmado.

Na semana passada, Cid prestou depoimento por três dias na sede da PF em Brasília. Ao todo, as oitivas somaram mais de 24 horas de conversas com os agentes da Polícia Federal.

Ex-secretário de Bolsonaro, o advogado Fábio Wajngarten, que tem atuado na defesa do ex-presidente em diversos casos, se manifestou sobre a possível delação de Mauro Cid.

“Não há o que delatar”, sentenciou.

Wajngarten também é investigado pela Polícia Federal no chamado “caso das joias”. Ele foi intimado a prestar depoimento, mas assim como Bolsonaro e a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, ficou em silêncio perante os policiais.

Cooperação com os Estados Unidos

A Polícia Federal solicitou aos EUA o envio de imagens e documentos para confirmar informações prestadas pelo tenente-coronel. A expectativa é de que o material comece a chegar nos próximos dias. A solicitação é feita pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, do Ministério da Justiça. Uma equipe da Polícia Federal também é enviada para diligências no país.

Repórter da Itatiaia em Brasília