Os vereadores da CPI da Lagoa da Pampulha na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) questionaram o diretor de Gestão de Águas Urbanas, Ricardo Aroreira, sobre os motivos que levaram a prefeitura de BH a descartar formas diferentes de tratar a água da lagoa.
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Em sessão da comissão nesta terça-feira (11), os parlamentares apontaram que a PBH adotou como forma única o uso de produtos químicos no tratamento da água, descartando outras tecnologias, como o uso de estação de tratamentos, como a que foi instalada em frente à Toca 1, nas imediações do Parque Ecológico.
O presidente da CPI, vereador Juliano Lopes (Agir), afirmou que o Executivo municipal descartou outras maneiras e que adotou uma licitação duvidosa para manter uma única forma de tratamento na Pampulha.
“A prefeitura optou por apenas uma tecnologia em uma licitação muito duvidosa. Os documentos comprovam que a prefeitura não agiu de boa fé no passado. (Ele não explicou) quando indagado ao email que ele desclassificou outra empresa de classe três para classe dois e houve aumento de preço”, disse Lopes.
O diretor de Gestão de Águas afirmou que a maneira encontrada foi a melhor para atacar o problema da eutrofização da água e que o método foi defendido pelos especialistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“O que nós afirmamos é que o problema central da Lagoa da Pampulha que precisa ser atacada é a eutrofização, que é a proliferação exagerada de algas. No passado, por volta de 2014 e 2015 se observava um tapete verde, gases mal cheirosos e caminhões de peixes mortos retirados da lagoa. E esse problema está ligado essencialmente à quantidade excessiva de fósforo presente na lagoa e a única tecnologia para eliminar e inibir esse excedente de fósforo é a tecnologia que nós contratamos”, explicou Aroeira.