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Haddad diz que reforma tributária será fatiada: primeiro sobre consumo e depois sobre renda

Ministro da Fazenda afirmou, durante Fórum Econômico Mundial, que primeira etapa será aprovada no primeiro semestre

Ministro Fernando Haddad participou do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça

O ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT) afirmou, durante sua participação nesta terça-feira (17) no Fórum Econômico Mundial, em Davos, que a reforma tributária será dividida em duas etapas: no primeiro semestre uma mudança na tributação do consumo e depois, no segundo semestre, mudança sobre a renda.

“A reforma tributária queremos votar no primeiro semestre. Essa reforma é sobre imposto sobre consumo. Mas, no segundo semestre, queremos uma reforma tributária sobre a renda, para desonerar as camadas mais pobres de impostos e onerar quem não paga imposto.;Hoje no Brasil muita gente não paga imposto”, disse Haddad.

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Questionado sobre qual será a agenda do novo governo para a área econômica, Haddad citou a aprovação da PEC da Transição, feita no ano passado, e disse que o governo já estão tomando medidas de reoneração de alguns setores e apostará na retomada do crédito, nas parcerias público-privadas e nas concessões.

Haddad participa do Fórum realizado na Suíça junto com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede).

“Tomamos algumas medidas antes mesmo de tomar posse. Tivemos que aprovar uma emenda constitucional para dar suporte aos ministérios recriados que estavam sem orçamento para enfrentar a questão do desmatamento, da desigualdade. Estamos tomando medidas de reoneração de alguns setores que foram irresponsavelmente favorecidos com fins eleitorais no ano passado”, disse.

“Temos uma agenda de crédito, melhorar o sistema de garantias no Brasil, tirar as famílias do Serasa, que é um órgão que negativa os devedores, vamos criar um modelo para retirar as pessoas da negativação para poder voltar ao mercado de consumo. Temos uma política de valorização do salário mínimo, se aumentar um pouquinho acima da inflação para que as famílias de baixa renda possam voltar a consumir, temos uma agenda regulatória que vai melhorar o ambiente de investimentos no Brasil, sobretudo com parcerias público privadas e concessões, mas também com o orçamento público em algumas obras que não tem rentabilidade privada mas tem externalidade pública muito importante”, continuou o ministro da Fazenda.

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.