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PP diz que apoiará PEC da Transição, mas com gastos acima do teto apenas em 2023

Sigla foi contra proposta apresentada por equipe de Lula, com gastos acima do teto por quatro anos

Presidente da Câmara, Lira é um dos nomes mais influentes no PP

A bancada do PP no Senado decidiu nesta quarta-feira (30) apoiar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição que permite ao governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) furar o teto de gastos para pagar o auxílio de R$ 600.

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No entanto, ao contrário do que defendem integrantes da equipe de transição do governo eleito, o PP quer que a liberação para furar o teto só seja válida por um ano, ou seja, até o final de 2023. Os petistas querem a autorização para que os gastos fiquem acima do teto por quatro anos.

Os parlamentares da sigla avaliaram que serão necessárias mudanças na PEC que foi protocolada no Senado nesta semana para reduzir o impacto fiscal das medidas. Em nota, o PP afirmou que apoiará os R$ 600 pagos como forma de benefício social (que voltará a se chamar Bolsa Família em 2023), mas discutirá outros pontos do texto. Outros partidos de centro-direita do Congresso também indicaram que vão defender mudanças no texto original.

Veja a nota do PP:

“Em sintonia com a Presidência do Progressistas, a bancada do partido no Senado Federal decidiu, por unanimidade, manifestar-se nos seguintes termos:

Pela aprovação da PEC da Transição que concede o valor de R$ 200 a mais para que se atinja benefício social de R$ 600;

Pela discussão acerca de R$ 150 por criança, destinados às mães com filhos até 6 anos de idade;

Pela aprovação do aumento real do salário mínimo;

Pela vigência de 1 ano dos efeitos da PEC”

Editor de Política. Formado em Comunicação Social pela PUC Minas e em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Já escreveu para os jornais Estado de Minas, O Tempo e Folha de S. Paulo.