O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu, nesta quinta-feira (31), a divulgação de uma pesquisa de intenções de votos que indicava liderança ao presidente Jair Bolsonaro (PL) em Minas. Relator do caso, o ministro Raul Araújo decidiu pela suspensão após aceitar recurso apresentado pela campanha do ex-presidente Lula (PT). Segundo a campanha petista, a pesquisa ModalMais/Futura, feita em Minas entre os dias 16 e 19 de agosto, geraria prejuízo à “lisura do pleito eleitoral” pela forma como vinha sendo divulgada na internet.
No recurso apresentado pela campanha petista, a pesquisa foi realizada somente em municípios mineiros, mas estaria sendo divulgada em portais de notícia como sendo um levantamento nacional. “Assim, é plausível a tese da representante de que a divulgação da referida pesquisa em desconformidade com a legislação eleitoral gera prejuízo à lisura do pleito eleitoral vindouro, assim como é prejudicial que sejam divulgados fatos na Internet em que o conteúdo da publicação acaba por gerar desinformação. Preenchidos, portanto, os requisitos para a concessão da tutela de urgência”, mostra trecho da decisão do TSE.
Segundo a pesquisa, Bolsonaro lideraria as intenções de voto em Minas com 46,3% das intenções de voto, enquanto o ex-presidente Lula estaria com 35,3%. O levantamento ouviu 1.200 eleitores de 323 municípios de Minas Gerais.
A defesa da campanha de Lula argumentou, ainda, que trechos do questionário da pesquisa abordariam eleições estaduais do Rio e de São Paulo, o que, segundo os advogados, “lança dúvidas inclusive quanto ao Estado da Federação ao qual foi aplicado”.