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Carro voador da Embraer pode iniciar operações em 2026

Eve, empresa controlada pela fabricante e responsável pela produção dos veículos, concluiu testes do modelo em túnel de vento

Conceito do interior do eVTOL da Eve

Os carros voadores podem chegar aos ares para operação comercial em 2026. Pelo menos essa é a expectativa da fabricante de aeronaves Eve, controlada pela Embraer. Nesta segunda-feira (15), a companhia informou que concluiu com sucesso os testes com veículos elétricos de pouso e decolagem vertical (eVTOL) em túnel de vento.

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Esse ambiente simula o movimento e o efeito do ar e dos ventos em aeronaves. Segundo a Eve, esses testes são essenciais para a certificação do projeto e a futura produção dos veículos. A startup diz que tem acordos prévios de compra para cerca de 2.800 eVTOLs — um faturamento em torno de US$ 8 bilhões (R$ 40 bilhões).

A companhia espera que, após a certificação, parceiros assumam a operação comercial. Estima-se que, no início, viagens de cerca de 15 minutos custem entre US$ 50 e US$ 100 (algo como de R$ 246 a R$ 492). A empresa afirma que pretende reduzir esses valores.

Daniel Moczydlower, diretor-executivo da Embraer-X, diz que o parâmetro é quanto se gastaria para fazer o mesmo trajeto de táxi — e ficando preso duas ou três horas no engarrafamento. “Queremos que seja possível usar esse mesmo dinheiro para fazer um voo de 10 ou 15 minutos”, afirma, em entrevista ao g1.

A empresa avalia que, no futuro, será possível permitir a operação simultânea de até 200 eVTOLs na cidade do Rio de Janeiro e até 300 no município de São Paulo. As aeronaves podem voar sem piloto e serão gerenciadas por um sistema de controle de tráfego exclusivo.