O primeiro experimento biológico de longa duração no
O objetivo é que o BioSentinel monitore os sinais vitais das leveduras. Assim, os pesquisadores poderão analisar o que ocorre durante a exposição à radiação. Raios cósmicos e partículas de explosões solares podem afetar células vivas significativamente. “O BioSentinel é o primeiro de seu tipo”, diz Matthew Napoli, gerente de projeto do satélite.
Um biosensor vai coletar informações sobre a resposta das células à exposição à radiação espacial a longo prazo. Com hardware personalizado, o dispositivo permite pequenos fluxos controlados de volumes líquidos — esse será o habitat das células, que poderão ser observadas em tempo real.
A radiação, por sua vez, vai ser medida por um detector e os resultados serão comparados com a resposta biológica do biosensor. Dessa forma, os pesquisadores vão poder comparar as reações dos microrganismos em diferentes ambientes e níveis de radiação.
A missão pretende estudar o crescimento celular e a atividade metabólica dos microrganismos após a exposição a ambientes radioativos. As células das leveduras foram escolhidas para o estudo porque têm mecanismos biológicos semelhantes aos das células humanas.
Tanto o BioSentinel quanto as demais cargas úteis secundárias da missão foram instalados em um adaptador atrás da cápsula Orion, que fica no foguete Space Launch System (SLS). Após o lançamento, quando a cápsula Orion já estiver rumo à Lua, o SLS vai liberar o BioSentinel no espaço. Em seguida, ele viajará para além do satélite natural da Terra.
O próximo passo é que o BioSentinel passe de seis a nove meses na órbita do Sol. A equipe responsável pelo satélite vai, então, conduzir estudos periódicos das leveduras. As informações serão enviados à Terra pela Deep Space Network.