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O que o consumidor comum ganha com o 5G

Nova tecnologia tem muitas aplicações avançadas, mas consumidor comum também vai perceber benefícios

Consumo de conteúdo vai ganhar novas possibilidades com a chegada do 5G

Com a liberação do sinal 5G em Belo Horizonte nesta sexta-feira (29), muitos querem saber para que serve essa tão aguardada tecnologia. Muito se fala em internet das coisas, novidades nas indústrias, melhorias no agronegócio, mas e o consumidor comum, o que ganha com a quinta geração da telefonia móvel?

A reportagem da Itatiaia conversou com Carlos Nazareth Motta Marins, diretor do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), para descobrir como o 5G vai afetar nosso dia a dia. A primeira grande mudança, que tem sido uma das mais comentadas sobre o tema, é a velocidade que a nova rede vai atingir.

Marins destaca que o acesso muito mais veloz à internet possibilitado pelo 5G vai trazer mais opções para a produção e o consumo de conteúdo. “Baixar uma série no 4G pode demorar horas, mas no 5G acontece em frações de minutos. Já para os produtores de conteúdo, que hoje usam o computador para enviar material para as redes sociais, o aumento da velocidade vai facilitar o processo.”

Ambas as possibilidades ficam disponíveis imediatamente, uma vez que o 5G estiver habilitado. Só é preciso ter em mente que a rede ainda deve apresentar instabilidade nas primeiras semanas, enquanto as operadoras expandem o alcance da cobertura.

Novas experiências

Segundo Marins, as câmeras 3D nos celulares podem ganhar impulso com o 5G. “Criar, gravar, editar e carregar fotos e vídeos 3D vai se tornar comum muito rapidamente”, aposta ele. “Além disso, vai haver uma experiência muito mais interessante de realidade virtual e realidade aumentada. Imagine, por exemplo, uma experiência em um Grande Prêmio de Fórmula 1, em que seja possível visitar ambientes e sentir toda a atmosfera da competição. Isso nunca foi feito, com esse nível de interatividade.”

E quem não precisa de um aparelho novo, deve trocar de equipamento só para ter o 5G? “Não, ninguém precisa fazer nada com pressa”, diz Marins. “Eu aconselho que os usuários visitem mais de um fabricante, questionem os vendedores sobre funcionalidades e acessórios, mas não precisa ter afobação nenhuma. Se o usuário não tem um uso tão aplicado ou não precisa de uma velocidade tão alta, talvez não valha a pena fazer um investimento tão grande.”

Marins acredita que, com todas as novas possibilidades, com o tempo a adesão à tecnologia deve ser significativa. “O brasileiro gosta de estar conectado e usar smartphones com muitas funcionalidades. À medida que o 5G for avançando, a população deve fazer uma adesão significativa ao sistema.”