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Internet móvel vai oscilar até que cobertura 5G esteja completa

Aparelhos compatíveis vão experimentar variações enquanto redes são liberadas

Sinal vai oscilar enquanto redes são expandidas

Previsto para ser liberado em Belo Horizonte nesta sexta-feira (29), o sinal de 5G inicialmente não vai estar presente em todos os bairros da cidade. Claro e TIM já informaram quais localidades vão atender, mas o total não supera 65 localidades da capital mineira.

Com isso, em um primeiro momento, o sinal deve oscilar entre as redes 4G e 5G. Os aparelhos compatíveis com a tecnologia vão buscar o sinal 5G o tempo todo — isso vai levar o consumo de bateria desses celulares a aumentar. Vinicius Caram, superintendente de Outorgas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), diz que a instabilidade será resolvida à medida que as redes de 5G puro forem ativadas pelas operadoras.

Isso ainda ocorre na rede atual: embora boa parte do tempo ela opere em 4G, em localidades em que o sinal não está disponível, o 3G entra em ação. Eduardo Tude, presidente da consultoria de telecomunicações Teleco, estima que a cobertura completa ainda demore de três a quatro anos para se concretizar.

Tude destaca que na Coreia do Sul, primeiro país a ter 5G, alguns celulares ainda ficam apenas 30% do tempo no 5G. “Você está na varanda pela rede 5G, entra em casa, vai para a 4G”, exemplifica.

Nas regiões em que as antenas estão sendo instaladas, a rede 5G pode já aparecer nos smartphones. A velocidade, entretanto, ainda não vai atingir os níveis prometidos. A tecnologia em uso nesse caso é o 5G DSS (Dynamic Spectrum Sharing, compartilhamento dinâmico de espectro). “No DSS, a velocidade é de 100 Mbps e no 5G vai para 400 Mbps.”