Camila Silva da Motta surge como uma das peças-chave da quadrilha alvo da investigação Penalidade Máxima II, do Ministério Público de Goiás (MP-GO), por manipular resultados do futebol brasileiro para ganhos em apostas esportivas.
Segundo uma reportagem que foi ao ar na noite de domingo (21) no Fantástico, da Rede Globo, Camila era responsável por administrar o dinheiro que a quadrilha arrecadava.
Mulher e parceira de Bruno Lopez, tido como líder da quadrilha, Camila recebia dinheiro dos financiadores do grupo e fazia pagamentos aos atletas aliciados.
O MP-GO informou ao Fantástico que, em 2022, a conta de Camila movimentou mais de R$ 2 milhões em apenas nove meses. Parte desse dinheiro foi usado com viagens e na compra de um carro importado. Tudo registrado pelo casal em suas redes sociais.
Pouco preocupada com as investigações
Em uma gravação em áudio obtida pelo Fantástico, Camila chegou a afirmar que não seria um alvo direto da investigação, o que foi desmentido pela reportagem do programa global.
“Eu sou esposa do Bruno, trabalhei efetivamente com minha conta, enfim. (...) Eu, por exemplo, Camila. Estou na investigação, e tudo mais. Mas não estão em cima de mim”, disse Camila, que já foi denunciada pelo MP-GO.
R$ 700 mil em apenas uma rodada do Brasileiro
A reportagem do Fantástico mostrou ainda que os apostadores flagrados na Operação Penalidade Máxima II chegaram a
Segundo a reportagem do programa global, o golpe foi aplicado na 25ª rodada do Brasileirão, em setembro do ano passado. No esquema, cinco jogadores aceitaram receber cartão amarelo nos jogos de suas respectivas equipes: Alef Manga e Diego Porfírio (Coritiba), Vitor Mendes (Juventude), Nino Paraíba (Ceará) e Bryan Garcia (Athletico-PR).