Os apostadores flagrados na Operação Penalidade Máxima II, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás (MF-GO), chegaram a lucrar R$ 700 mil em apenas uma rodada da Série A do Campeonato Brasileiro de 2022. A informação foi divulgada, neste domingo (21), em uma reportagem do Fantástico, da Rede Globo.
Segundo a reportagem do programa global, o golpe foi aplicado na 25ª rodada do Brasileirão, em setembro do ano passado. No esquema, cinco jogadores aceitaram receber cartão amarelo nos jogos de suas respectivas equipes: Alef Manga e Diego Porfírio (Coritiba), Vitor Mendes (Juventude), Nino Paraíba (Ceará) e Bryan Garcia (Athletico-PR).
Os cinco jogadores conseguiram a punição em suas respectivas partidas, o que resultou no sucesso da aposta. A reportagem do Fantástico cita que o caso mais complexo foi o de Bryan Garcia, que só entrou em campo pelo Athletico-PR aos 42 minutos do segundo tempo do jogo contra o Flamengo. AInda assim, ele conseguiu receber o cartão amarelo.
O responsável por aliciar os atletas, Bruno Lopez, comemorou o cartão ao jogador do Furacão. “Até chorei de felicidade. Você é louco. Que peso que eu estava nas costas, que esse maluco não tomava (o cartão amarelo)”, disse Bruno, em áudio obtido pelo Fantástico.
Atletas convocados para depor
Segundo o programa dominical da Globo, os cinco atletas envolvidos no esquema da 25ª rodada do Brasileirão 2022, apelidada pelos apostadores como Operação Fim de Semana, foram convocados a prestar depoimento. Nino Paraíba, Bryan Garcia e Diego Porfírio já falaram com o MP-GO na última sexta-feira (19), sendo que dois reconheceram participação na fraude.
O Ministério Público de Goiás espera que estes três façam acordo de delação.
