O calendário do Mineirão deve priorizar os jogos de futebol. Pelo menos é o que diz Pedro Bruno, secretário de Infraestrutura e Mobilidade do Estado. Em entrevista nesta terça-feira, ele afirmou que uma reunião foi marcada para o dia 20 de abril para ajustar a agenda para o restante da temporada.
De acordo com Pedro Bruno, um comitê com federações, clubes, secretaria e concessionária do estádio será montado com objetivo de definir datas para partidas de futebol no Mineirão neste ano.
“Tão logo me reuni com a diretoria do Cruzeiro na última sexta-feira, foi colocado pela diretoria a dificuldade da negociação junto a concessionária e foi solicitado que o estado mediasse essa relação por meio da convocação do comitê de esportes, cultura e lazer. A reunião já está agendada para o dia 20 de abril. Esse comitê é composto pelas federações de futebol, pelos clubes, pela secretaria de infraestrutura, que representa o estado, e a própria concessionária. Ele tem como missão principal definir o calendário esportivo”, disse, completando.
“Tem a previsão de ter 66 jogos de futebol no Mineirão. Nossa expectativa é que, na reunião do dia 20, a gente saia com esse calendário que, pelo Mineirão ser a casa do futebol mineiro, tem preferência perante qualquer outro evento. Esperamos, por meio do comitê, o qual já convidei os deputados para que a assembleia esteja representada, a gente possa dar um fim a essa discussão”.
CPI da Minas Arena
Desde 2015, deputados mineiros tentam a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Minas Arena para investigar os contratos da concessionária com o estado.
Eles ainda pedem a criação de uma comissão para, “no prazo de 120 dias, apurar eventual dano ao erário pelo estipulado e pela execução do contrato de parceria público-privada (PPP) firmado entre o Estado e a empresa Minas Arena”.
Um dos pontos citados diz respeito, ainda, à cláusula do contrato que “traz elevadas contraprestações para o Estado e lucro constante para a parceira, independente da busca por soluções alternativas para gerar renda”.
A análise do contrato entre Minas Arena e Governo de Minas foi pedida por deputados em três oportunidades nos últimos anos. Em 2015 e 2017, houve tentativas de instalação da CPI, mas sem sucesso por falta de assinaturas. Em 2019, a comissão chegou a ser aberta, mas não progrediu por falta de acordo com o executivo estadual.
Atualmente, já existem 26 assinaturas para a instauração da CPI. No entanto, ela ainda não foi protocolada porque algum dos nomes pode desistir da assinatura no processo.