O promotor André de Pinho, acusado de ter matado a esposa Lorenza de Pinho, em abril de 2021, foi condenado por omissão de cautela por ter guardado uma arma de fogo dentro do armário de um dos filhos, conhecido como Andrezinho, na época com 16 anos. A condenação ocorreu em julgamento realizado nesta quarta-feira (29), no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Agora, os desembargadores votam pela condenação de feminicídio.
O desembargador-relator Wanderley Paiva afirmou que, como o promotor tinha cinco crianças dentro de casa, a ação gerava risco à vulnerável e podia ofender a integridade física de alguém.
A arma foi encontrada durante mandado de busca e apreensão no apartamento da família. Segundo André de Pinho, a arma foi guardada no armário do quarto filho para ficar fora do alcance da mãe. Ele justificou que, assim, acreditava ter menos risco.
O Estatuto do Desarmamento prevê pena de prisão de um a dois anos para quem permite que uma pessoa menor de idade ou portadora de deficiência mental tenha acesso a uma arma de fogo.
Como o veredicto ainda não foi votado, não se sabe como essa condenação influenciará no tempo de prisão decretado.
André de Pinho está preso desde o dia 4 de abril de 2021.