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Minas registra três crimes sexuais no serviço de saúde por semana

A informação é da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado. Delegada explica subnotificação

As mulheres que sofrem crimes contra a dignidade sexual sentem constrangimento

Três crimes sexuais acontecem no serviço de saúde, por semana, em Minas. Os dados, solicitados pela Itatiaia, são da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado e foram divulgados nesta quinta-feira (14).

A delegada da Polícia Civil Chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher, ao Idoso e à Pessoa com Deficiência e Vítimas de Intolerância, Renata Ribeiro Fagundes, afirma que, apesar dos números serem considerados altos, refletem uma subnotificação.

“As mulheres que sofrem crimes contra a dignidade sexual sentem constrangimento e medo e, por isso, muitas vezes, não buscam a delegacia”, disse. De acordo com a delegada, a média de casos por ano, de 140 a 194 registros. “Foram 183 em 2019, 194 em 2021", acrescentou.

Estupro, estupro de vulnerável e importunação

Os crimes de violência sexual são divididos em três modalidades: estupro; estupro de vulnerável e importunação sexual.

“É importante a gente falar que o crime de estupro é a prática de qualquer ato libidinoso, não somente a conjunção carnal. O estupro de vulnerável é conhecido, normalmente, como o estupro contra contra crianças, mas existe a modalidade de estupro de vulnerável quando a vítima não pode, por algum motivo, oferecer resistência”, disse.

Esse é o caso do médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra preso em flagrante, na madrugada da última segunda-feira (11), por estupro, no Rio de Janeiro.

Ele abusou de uma paciente enquanto ela estava dopada e passava por um parto cesárea no Hospital da Mulher em Vilar dos Teles, São João Meriti, na Baixada Fluminense.

“O crime de importunação é aquele que, muitas vezes, as mulheres têm dificuldade de identificar que foram vítimas e deixam de buscar a delegacia por esse motivo”, disse a especialistas.

São crimes que acontecem muitas vezes em meio a multidões ou em um local que não possibilita que outra pessoa tenha presenciado. “Mas é importante que a mulher peça ajuda”, explicou a delegada.

*Com informações de Clever Ribeiro

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