Proprietário do Banco Master teve 14 reuniões com BC durante negociações com BRB

Última reunião de Daniel Vorcaro com o Banco Central ocorreu na segunda-feira (17), algumas horas antes de sua prisão pela Polícia Federal

Daniel Vorcaro teve 14 reuniões com cúpula do Banco Central desde operação com BRB

O proprietário do Banco Master, Daniel Vorcaro, participou de pelo menos 14 encontros com a diretoria do Banco Central desde que o BRB (Banco de Brasília) manifestou interesse em adquirir 58% das ações da instituição financeira. Essas informações foram reunidas pela CNN Brasil a partir do sistema de agendas da autoridade monetária.

O último encontro de Vorcaro com o Banco Central ocorreu na segunda-feira (17), minutos antes de sua detenção pela Polícia Federal. Nessa ocasião, o dono do Banco Master se encontrou com Ailton de Aquino, diretor de Fiscalização do Banco Central, para discutir “questões de supervisão”.

Vorcaro e Aquino já haviam se encontrado na semana anterior, em 11 de novembro. A pauta desse encontro também incluía “questões de supervisão”, conforme informado pelo Banco Central. Em outubro, há registros de três reuniões entre Aquino e o dono do Banco Master.

Em setembro, Vorcaro também se reuniu com a diretoria do Banco Central em três oportunidades. No dia 3 de setembro, a autoridade monetária negou o processo de aquisição do Banco Master pelo BRB. No dia anterior, 2 de setembro, consta na agenda de Aquino uma audiência com Vorcaro.

Em abril, dias após o anúncio da operação envolvendo o BRB, foi registrada a primeira reunião, realizada no primeiro dia do mês. Galípolo, Aquino, Renato Dias e o diretor de Regulação, Gilneu Vivan, participaram da audiência com Vorcaro.

O BC decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master na última terça-feira (18). A autoridade monetária esclareceu que a decisão foi motivada por “grave crise de liquidez” e “graves violações” às normas do sistema financeiro.

A Operação Compliance Zero visa combater a emissão de títulos de crédito fraudulentos por instituições financeiras que fazem parte do Sistema Financeiro Nacional. Estão sendo investigados delitos como gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, entre outros.

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