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Indústria apoia licença para perfuração de petróleo na Foz do Amazonas

Setor vê autorização do Ibama como passo estratégico para segurança energética e desenvolvimento econômico

Vista da Estação Ecológica de Maracá-Jipioca, área de preservação na costa amapaense

A autorização concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) à Petrobras para perfuração de poços de pesquisa exploratória na Foz do Amazonas foi recebida de forma positiva por entidades do setor de petróleo e gás e pela indústria nacional. A expectativa é que a medida contribua para o fortalecimento da segurança energética do país e estimule novos investimentos na cadeia produtiva.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) avaliou que o licenciamento reflete o resultado de um processo técnico e de diálogo entre a estatal e o órgão ambiental. Para a federação, a etapa é essencial para identificar o potencial de produção na Margem Equatorial e ampliar o papel do Brasil na transição para uma matriz energética mais diversificada.

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) destacou que a decisão permitirá ao país conhecer melhor suas reservas e reforçar a segurança energética. A instituição também lembrou que o setor de óleo e gás brasileiro mantém histórico de conformidade com padrões internacionais de operação segura e responsável.

Já a Associação Brasileira das Empresas de Bens e Serviços de Petróleo (ABESPetro) classificou a licença como um marco para a expansão da indústria nacional. A entidade aponta que a exploração da região pode consolidar a autossuficiência em petróleo e gerar efeitos positivos sobre a produção industrial e o mercado de trabalho, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também manifestou apoio à decisão. Em nota, afirmou que o licenciamento representa um passo importante para avaliar o potencial produtivo da costa norte e contribui para uma transição energética mais equilibrada.

“A medida representa um avanço importante para avaliar o potencial de produção de petróleo e gás na costa norte brasileira, em área de alta relevância estratégica para uma transição energética justa e sustentável”, diz a nota.

Levantamento do Observatório Nacional da Indústria, vinculado à CNI, projeta que o desenvolvimento da Margem Equatorial pode gerar 495 mil empregos formais, acrescentar R$ 175 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) e gerar R$ 11,23 bilhões em arrecadações indiretas, reforçando o impacto econômico e social da atividade.

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Erem Carla é jornalista com formação na Faculdade Dois de Julho, em Salvador. Ao longo da carreira, acumulou passagens por portais como Terra, Yahoo e Estadão. Tem experiência em coberturas de grandes eventos e passagens por diversas editorias, como entretenimento, saúde e política. Também trabalhou com assessoria de imprensa parlamentar e de órgãos de saúde e Justiça. *Na Itatiaia, colabora com a editoria de Indústria.