Os investimentos em inovação no setor energético brasileiro atingiram R$ 7,6 bilhões em 2024, o maior valor já registrado em um ano, segundo o Inova-e: Panorama dos Investimentos de Inovação em Energia no Brasil, divulgado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
O crescimento de 33% em relação ao ano anterior foi impulsionado principalmente pelos recursos publicamente orientados, provenientes de programas regulados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
De acordo com o levantamento, quase 90% do total investido veio dessas fontes públicas, que têm como base a obrigação legal de destinar parte da receita operacional líquida das empresas dos setores elétrico e de óleo e gás à pesquisa e desenvolvimento.
Em posição de destaque, o hidrogênio e as células a combustível registraram um avanço expressivo. O volume investido aumentou mais de dez vezes desde 2019, alcançando R$ 304 milhões em 2024. Já as iniciativas em captura, uso e armazenamento de carbono (CCUS) somaram R$ 209 milhões. Essa somatória reflete a inclusão do tema como prioridade na agenda regulatória da ANP após a aprovação da Lei nº 14.993/2024, também chamada de Lei do Combustível do Futuro.
Investimento em energias renováveis
O relatório aponta que os biocombustíveis lideraram o crescimento das energias renováveis, com alta de 67%, em relação a 2023. O setor movimentou R$ 411 milhões, correspondendo a mais da metade dos investimentos em fontes limpas, impulsionado por chamadas públicas lançadas pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e agências estaduais.

