Manutenção da Selic em 15% é efeito de política fiscal desequilibrada, diz FIEMG

Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15%, nesta quarta-feira (10)

FIEMG publicou comunicado após Banco Central manter Selic em 15%

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) afirmou que a expansão de gastos do governo impede a queda de juros. A declaração foi feita nesta quarta-feira (10), após o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15%. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação.

Em comunicado, a entidade disse que o índice de 15% é consequência de uma “política fiscal considerada desequilibrada, marcada por sucessivas expansões de gastos públicos”. Ainda de acordo com o texto, o Banco Central só terá condições de reduzir os juros quando o governo conter suas despesas. A FIEMG acrescentou que a situação é “altamente prejudicial ao setor produtivo”.

“Isso é consequência de uma política fiscal equivocada, em que há um ciclo contínuo de expansão de gastos. O governo precisa parar de gastar e fazer como fazemos em casa: se está apertado, você aperta o cinto. Não expande o gasto. Essa conta não fecha desse jeito”, afirmou o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe.

O comunicado também destacou que a manutenção da Selic em 15% faz com que o país continue “convivendo com crédito caro, alta inadimplência e retração do investimento produtivo”. “A taxa básica de juros deprime todos aqueles que estão endividados, porque eleva o compromisso com o juro, que fica muito mais alto. E, dessa maneira, falta dinheiro para outras finalidades”, completou Roscoe.

O presidente da FIEMG avaliou ainda que esses juros inibem a atividade produtiva, “pressionando empresas que se endividaram para investir e famílias que financiaram casa, carro ou bens duráveis”.

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