Galípolo afirma que não há sinais sobre possível corte de juros

Presidente do Banco Central afastou especulações sobre a próxima decisão do Copom sobre a Selic

Economista disse ainda que o BC não pode brigar com os dados da inflação

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que não houve sinal da próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros, a Selic, na ata da reunião de novembro. Em coletiva nesta quarta-feira (12), o chefe da autoridade monetária afirmou que a comunicação e ação do BC é apoiada em questões factuais.

“A gente reforça que, se por acaso, você entendeu que alguma questão da nossa comunicação foi um sinal sobre o que o Banco Central pode vir a fazer no futuro, você entendeu errado”, disse Galípolo.

A ata do Copom divulgada nessa terça-feira (11) trouxe o comitê afirmando que está confiante na manutenção da Selic em 15% ao ano como uma estratégia de levar a inflação para o centro da meta de 3%. Segundo o documento, o momento econômico é de incerteza e exige cautela na política monetária.

O comitê também destacou que segue vigilante, e que não hesita em retomar o ciclo de altas caso julgue apropriado. Segundo Galípolo, as ações do Banco Central estão apoiadas em dados consolidados. “Está bem claro porque a gente está com uma taxa de juros em um patamar restritivo e porque é necessário permanecer em um patamar restritivo”, declarou.

“Todo mundo pode brigar com o Banco Central. O Banco Central que não pode brigar com dados. De todas as instituições que existem, o BC é o único que tem o objetivo mais claro de todos. Nós temos uma meta [de inflação]”, disse.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.

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