Amigos, amigos! Negócios à parte!
Falamos sobre esse assunto quando Donald Trump iniciava com Xi Jinping novos contatos sobre as tarifas de importação entre as duas maiores potencias do mundo. E a soja estava em jogo, com o Brasil só observando.
Quando o presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou a liquidação de sua soja, agora isenta de tarifas de exportação, assim como o milho e a carne, a China apareceu de imediato e fechou a compra do carregamento de 10 navios, que vão desembarcar em Xangai durante o mês de novembro.
No total adquirido, os chineses estão importando 650 mil toneladas de soja da Argentina, quantia distribuída em 10 navios.
Em termos de marketing, a essa altura, parece um negócio que envolve um volume de soja impressionante (650 mil toneladas) e milhões de dólares envolvidos nessa transação.
Até a Bolsa de Chicago se assustou e fechou com a soja em alta, inclusive aqui no Brasil.
Entretanto, a realidade comercial é outra. Estamos em outubro e a China comprou 660 mil toneladas da Argentina no outlet do Milei.
Sabe o Brasil! Já vendeu, de janeiro a agosto, 66 milhões de toneladas para a China, e a previsão até dezembro é de chegar a 110 milhões de toneladas.
Agora, é importante que o Brasil fique de olho, porque os Estados Unidos não conseguiram vender um quilo de soja para a China em 2025. E Trump está pressionado pelos agricultores americanos, que precisam exportar.
Amigos, amigos! Negócios à parte!
Itatiaia Agro, Valdir Barbosa