Órbi Conecta | Festival Brincante celebra a infância afro-brasileira em BH

Nos dias 4 e 6 de dezembro, o festival gratuito realiza no Órbi ICT e na Casa Gamela, oficinas, vivências de graffiti, palhaçaria, dança urbana, batuques e cantos africanos com o propósito de aproximar infância, território e ancestralidade por meio da arte e da criação coletiva

Tamara Franklin, na última edição do festival

Entre brincadeiras, encontros e criação coletiva, o Festival Brincante chega a Belo Horizonte nos dias 4 e 6 de dezembro, quinta-feira e sábado, com uma programação gratuita que transforma a cidade em espaço de convivência e imaginário compartilhado. Em um gesto de ocupação afetiva — um convite para brincar junto, criar junto e iluminar o agora — o evento reúne oficinas, vivências artísticas, apresentações musicais e intervenções culturais dedicadas à infância afro-brasileira. O festival ocupa o Órbi Instituto de Ciência e Tecnologia, na Lagoinha, e a Casa Gamela, integrante do Circuito Liberdade, ampliando o diálogo entre infância, território e expressões afro-brasileiras.

A agenda inclui pinturas corporais com Bru Quilombo, pintura artística com Gabriel Lost, a Oficina Bicho Folha, vivência de graffiti com Ella Proença, dança urbana com Chellz Tapayó, palhaçaria com o Palhaço Cuscuzinho, Batuques Africanos com Tadeu Moura e Ricardo de Moura, Cantos Africanos com Gabriel Moura e Ary Helton, o espetáculo “O Regente da Folia” com o OriSamba, além das intervenções de Tamara Franklin, Kainná Tawá e DJ A Coisa.

Patrocinado pela Cemig por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, o Brincante propõe a ocupação de espaços culturais e comunitários com práticas que aproximam infância, ancestralidade e expressões afro-brasileiras contemporâneas.

No dia 4 de dezembro, quinta-feira, das 9h às 18h, o Órbi recebe a abertura com Negro F. A manhã oferece três oficinas simultâneas: Vivência de Pinturas Corporais com Bru Quilombo, marcada pelo uso de tintas naturais e estamparias que dialogam com memórias ancestrais; Pintura Artística em Tela com Gabriel Lost, artista e educador do Taquaril que também conduz a intervenção colaborativa “Raízes do Futuro”; e a Oficina Bicho Folha, criada por Laíra, Laura e Luciana Luanda, que une educação ambiental, saberes tradicionais, reconhecimento de ervas e criação com elementos da natureza.

À tarde, o Palhaço Cuscuzinho apresenta “Rir pra não chorar”, espetáculo que integra palhaçaria, música, jogos cênicos e temas ligados à agroecologia. A música ocupa o espaço com a apresentação Batuques Africanos, conduzida por Tadeu Moura e Ricardo de Moura, que trazem repertórios ligados às tradições Angola-Bantu e à trajetória do terreiro Casa de Caridade Pai Jacob do Oriente. Em seguida, Cantos Africanos reúne Gabriel Moura e Ary Helton em uma proposta baseada em musicalidades ancestrais e expressões de matriz africana das comunidades urbanas de Belo Horizonte. A programação do dia encerra com a intervenção musical de Tamara Franklin, MC de Ribeirão das Neves com trajetória ligada ao hip-hop mineiro e à pesquisa sobre tradições do Reinado.

No dia 6 de dezembro, sábado, das 10h às 18h, a Casa Gamela recebe o festival com abertura de Negro F. A manhã inclui a vivência Expressão Visual em Graffiti com Ella Proença, que apresenta técnicas da linguagem urbana e discussões sobre identidade e território, e o Encontro de Dança Urbana e Breaking Kids com Chellz Tapayó, artista da cultura hip-hop com presença em projetos e coletivos que atuam em territórios periféricos.

À tarde, DJ A Coisa conduz intervenções musicais que fazem parte de sua trajetória de quatro décadas dedicadas à Black Music, à música eletrônica e às culturas urbanas de Belo Horizonte. A Vivência Afro-Infantil Magia Erê, do Bloco Afro Magia Negra, propõe experiências ligadas a oralituras, tambores e corpo-oralidades. Em outra frente, Valentino Pelé (Favela Bela) e Márcio Murikim realizam a Partilha Artística em Telas Acrílicas, convidando o público para processos coletivos de criação. A Batalha de Rimas com MC BPO integra a programação como espaço de celebração da palavra.

O espetáculo “O Regente da Folia”, do OriSamba, apresenta repertório de artistas negros como Gilberto Gil, Sérgio Pererê, Olodum e Ilê Aiyê, com ritmos como samba-reggae e samba-duro, além de acrobacias e pirofagia. O encerramento inclui a intervenção musical de Kainná Tawá, artista que une rap, poesia e dança, seguida do baile infantil conduzido por DJ A Coisa.

Serviço:

Festival Brincante 2025 — Infância que cria, brinca e ilumina

Datas e locais:

4 de dezembro, quinta-feria, das 10h às 18h - Órbi (Avenida Presidente Antônio Carlos, 681, Lagoinha)

6 de dezembro, sábado, das 10h às 18h - Casa Gamela (Avenida João Pinheiro, 341, Boa Viagem - integrante do Circuito Liberdade)

Atividades gratuitas: oficinas, vivências, apresentações musicais, grafite, contação de histórias, dança urbana, intervenções artísticas, cortejo musical, batalha de rimas e baile infantil.

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