O custo da construção civil em Minas Gerais subiu 0,24% em agosto, alcançando R$ 1.743,15 por metro quadrado, R$ 87,50 a mais que há um ano. A alta é puxada por insumos como PVC, cimento e concreto, além de reajustes salariais na mão de obra. O impacto deve ser sentido no mercado imobiliário, encarecendo imóveis novos e pressionando margens de empreendimentos comerciais. Parte dos projetos pode ser adiada ou redimensionada. Especialistas apontam chance de alívio apenas a partir de 2026, se inflação e custos energéticos arrefecerem.
Banco do Nordeste injeta R$ 1,78 bi em Minas no 1º semestre
O Banco do Nordeste desembolsou R$ 1,78 bilhão em Minas Gerais no primeiro semestre, alta de 7,2% frente a 2024, apesar da queda de 17,4% no número de contratos. A maior parte veio do FNE (R$ 1,39 bi) e do Crediamigo (R$ 389 mi), com destaque para mini, micro e pequenas empresas, que levaram 58% da verba. A agroindústria foi o setor que mais cresceu, com salto de mais de 280% em recursos. Já infraestrutura, pecuária e turismo registraram retração, mas devem ganhar fôlego no segundo semestre. Governador Valadares deve receber R$ 700 milhões em créditos para transporte e saneamento.
MPF pede suspensão da mineração de lítio no Vale do Jequitinhonha
O Ministério Público Federal recomendou à Agência Nacional de Mineração suspender imediatamente autorizações para pesquisa e lavra de lítio no Vale do Jequitinhonha, em Minas. O órgão afirma que indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais não foram consultados, descumprindo a Convenção 169 da OIT. A região concentra mais de 6 mil processos minerários e já recebeu R$ 5,5 bilhões em investimentos. Laudos apontam restrições de acesso à água e falhas em estudos ambientais de empresas como Atlas e Sigma Lithium. Caso a ANM ignore a recomendação, o MPF promete acionar a Justiça.