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Sanções da Magnistky no Brasil devem seguir rito aplicado à Venezuela e podem atingir AGU, dizem aliados de Bolsonaro

Segundo entorno do ex-presidente, Trump deve estender a punição a outros ministros, juízes e até ao Advogado-geral da União

Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve seguir no Brasil os moldes de aplicação da Magnitsky, na Venezuela. Em 2017 e do 2024, vários integrantes da Suprema Corte venezuela foram punidos. No Supremo Tribunal Federal, além de Moraes, outros membros do STF também devem ser sofrer punições, conforme apurou a coluna.

Segundo aliados do Jair Bolsonaro, qualquer ministro que avalizar decisão de Moraes contra o ex-presidente deve ser alvo da retaliação americana, levando a uma punição em massa. Ainda segundo o entorno do ex-mandatário, o Advogado Geral da União, Jorge Messias, caso recorra das punições, também deve ser alcançado pela mão pesada de Trump.

No STF, além dos ministros, juizes auxiliares da equipe de Moraes estão na mira do presidente americano.

Alexandre de Moraes disse, nesta sexta-feira (1), durante a sessão solene de abertura dos trabalhos do segundo semesttre na corte, que as posições dos Estados Unidos “serão ignoradas” e que as ações contra Bolsonaro “prosseguirão” e não serão adiantadas e nem atrasadas.

Venezuela

No ano passado, os EUA aplicaram punições a seis autoridades do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano. Os magistrados foram acusados de obstruir processo eleitoral em favor dos interesses de Nicolás Maduro. Em 2017, outros oito magistrados do TSJ sofreram sancões sob a acusãção e ampliar os poderes do presidente e ferirem as prerrogativas do legislativo.

O próprio Maduro já foi punido pela Magnitsky. No entanto, segundo aliados do ex-presidente brasileiro, o nome de Luiz Inácio Lula das Silva, a princípio, não estaria na mesa de Trump.

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Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.

A opinião deste artigo é do articulista e não reflete, necessariamente, a posição da Itatiaia.