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Moraes usa depoimento do Mauro Cid pra reafirmar que não há perseguição

Ministro focou em ‘enterrar’ dúvidas levantadas por Bolsonaro

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, aproveitou o depoimento do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, para tentar eliminar eventuais dúvidas e contradições levantadas por Bolsonaro e por aliados.

Moraes perguntou, por exemplo, se Cid foi coagido a prestar depoimento. Essa alegação vinha sendo feita por aliados do ex-presidente desde que o ex-ajudante de ordens assinou acordo de delação.

Ciente de que a defesa de Bolsonaro e outros réus poderia explorar possíveis contradições, Moraes antecipou os questionamentos que já haviam sido colocados pela base do ex-presidente. O depoimento faz parte do processo sobre tentativa de golpe. Além de Mauro Cid e do ex-diretor da Agencia Brasileira de Ingeligência (Abin), Alexandre Ramagem, que foram os primerios a depor, estão na lista de oitivas: Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Braga Netto - todos os réus do chamado ‘Núcleo 1' da suposta ação golpista.

A audiência é presidida pelo ministro Alexandre de Moraes que é o relator do processo.

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Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.
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