O Conselho Federal de Odontologia (CFO) fez uma interveção no Conselho de Odontologia de Minas Gerais (CRO_MG) e nomeou nova diretoria para órgão. A decisão está publicada no Diário Oficial da União e foi tomada após investigações que, segundo resolução do CFO, constataram denúncias de abuso moral, sexual e ocorrências de improbidade administrativa e risco à vida de pacientes.
As denúncias são contra o presidente destituído Dr. Raphael Castro Mota. O Conselho Federal decidiu afastar toda a diretoria, composta por mais quatro integrantes.
Segundo resolução do CFO:
“Ficaram constatados atos de improbidade administrativa cumulados a malversação de verba pública, locupletamento indevido de bens e propriedades do Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais, descumprimento de Resolução do Conselho Federal de Odontologia, acarretando prejuízos à integridade física e à vida dos pacientes, violação aos princípios constitucionais da legalidade e impessoalidade, denúncias de assédio moral e sexual sofridas por funcionários daquela entidade, além das implicações morais e éticas decorrentes das condutas exercidas pelo Presidente daquela Autarquia Regional”.
A decisão de destituir a diretoria investigada e constituir uma provisória foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Federal de Odontologia. A entidade ficará sob novo comando por até 180 dias. Os interventores serão responsáveis por produzir relatórios sobre tudo o que for encontrado da antiga gestão. Foram nomeados como presidente Arnaldo de Almeida Garrocho, cirurgião-dentista; como secretário geral: Carlos Alberto do Prado e Silva, cirurgião-dentista; e como tesoureiro: Bruno Leonardo Monteiro Massahud.
A coluna entrou em contato com o Conselho Federal de Odontologia que ainda não se posicionou oficialmente. O Conselho Regional em Minas Gerais também foi acionado, mas ainda sem retorno.