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Projeto de Renegociação da Dívida dos Estados com União será votado nesta terça (13)

A proposta vai ao plenário do Senado em turno único, sem passar por comissões, e depois segue para a Câmara. Minas tem o prazo até 28 de agosto para renegociar a dívida de R$ 160 bilhões

O Projeto de Lei de Renegociação da Dívida dos Estados com a União será votado nesta terça-feira (13), no Senado, em turno único, sem passar por comissões.

Forma de pagamento

Segundo o projeto o senador Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Congresso Nacional, os estados poderão pagar a união usando estatais, dinheiro, móveis ou imóveis, créditos e outros ativos.

Menos juros

Atualmente, os juros anuais são de 4% somados à correção da inflação pelo índice IPCA. Pelo projeto, em algumas situações, o estado poderá ter a dívida corrigida apenas pela inflação.

Os estados que conseguirem quitar pelo menos 10% da dívida, pagarão sobre o valor remanescente juros de 3% mais IPCA. Os entes federados que realizarem a redução de, no mínimo, 20% da dívida pagarão IPCA + 2%.

Investimento

O restante dos juros que se somam ao IPCA, ao invés de ser entregue à União, poderá ser reinvestido em infraestrutura, educação profissional técnica, saneamento, habitação, transporte ou segurança pública. Parte dos recursos será usada pelo estados devedores e outro montante vai para um fundo de equalização que será destinado a estados não endividados.

RRF

A proposta de Pacheco substituiu o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e uma das principais diferenças é que ao invés de autorizar a privatização de estatais, o projeto prevê a federalização de empresas e o encontro de contas entre estados e União para abater as dívidas.

Próximos passos

Depois de aprovado no Senado, o texto segue para a Câmara dos Deputados, onde não há previsão de votação. Minas Gerais que tem uma dívida de R$ 160 bilhões tem o prazo, dado pelo Supremo Tribunal federal (STF), até 28 de agosto para renegociar os valores. Caso o PL de Pacheco não seja aprovado na Câmara a tempo, o estado necessita que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprove o RRF em segundo turno.

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Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.
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