A crise ecológica pode ser compreendida a partir de múltiplas raízes. Além do vigente paradigma tecnocrático, como apresentado pelo
A conquista de clarividências humanísticas é indispensável, fruto de um processo de conversão e qualificação espiritual para desbloquear estilos de vida, apostando em novos modelos, exequíveis com mudanças profundas de mentalidade e do modo de estabelecer laços com o conjunto da criação. Nesta direção, para reconfiguração da raiz humana da crise ecológica, é necessário acreditar, a partir de valores e princípios inegociáveis e consistentes, em uma nova perspectiva cultural, capaz de fazer usufruto do paradigma tecnocrático como mero instrumento, sem dominação. Ouse-se pensar uma saída pela dinâmica da contemplação, envolvendo um profundo silêncio, revelador da beleza da criação, fomentando estilos de vida mais libertos das lógicas tecnocráticas, fazendo valer mais a grandeza do sentido e, menos, os resultados econômicos e financeiros, fontes também de degradações sociais e humanísticas.
A raiz humana da crise ecológica tem uma porta de saída na contemplação, alavancando um novo estilo de vida, sinalizado pela simplicidade, frugalidade e leveza.