Em todo o mundo, consumidores de
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Os dados são da
Em termos globais, apenas 15% dos consumidores estão satisfeitos com o preço da energia e a o acesso a ela em termos financeiros. Para 35% dos participantes, as fornecedoras de energia elevaram os preços para obter receitas maiores. Já 22% responsabilizam as tensões geopolíticas, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, pelo aumento.
Confiança do consumidor
A pesquisa traz, ainda, o índice de confiança do consumidor de energia (Energy Consumer Confidence Index – ECCI). Ele indica o grau de confiança do cliente no mercado de energia e seu otimismo sobre a implementação de medidas de transição energética.
A China lidera o ranking, com 77,6 pontos — ou seja, são os consumidores mais confiantes do mundo em relação ao mercado de energia. Na sequência, aparecem Malásia (70,6), Hong Kong (69,2), Canadá (66,2), Brasil e Austrália (empatados com 65,5), EUA (64,8) e Holanda (63,2).
Consumidores com menos de 25 anos têm o maior ECCI entre os consumidores brasileiros. Já aqueles com mais de 57 anos são os menos confiantes. Mais de 2/3 dos brasileiros entrevistados dizem que estão interessados em energia renovável, geração doméstica de energia e novos produtos e serviços de energia. Pouco menos da metade (47%) aceita pagar mais por produtos e serviços sustentáveis — no estudo anterior, eles eram 53%.
Para Ricardo Fernandez, sócio responsável pela indústria de Power & Utilities da EY, o levantamento indica desafios relevantes para o mercado de energia e demonstra que o Brasil está conectado a uma agenda global. “Uma parcela crescente de jovens consumidores seguirá exigindo serviços inovadores e sustentáveis por parte das empresas”, diz.
Ele avalia que a solidificação do arcabouço regulatório é fundamental para que o país não deixe de ocupar uma posição relevante nas discussões globais. Além disso, os grandes fornecedores de energia devem estar atentos às transformações exigidas pela nova realidade. “Repensar processos de negócio, arquitetura de sistemas e tecnologia, e estar atento aos aspectos culturais das organizações será fundamental para operar com sucesso no novo mundo de energia, onde clientes cativos dificilmente farão parte do dia a dia.”