Uma ferramenta de
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Blanche é uma das poucas sobreviventes do Holocausto, o assassinato de seis milhões de judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial. Mais de um milhão dos mortos na época, infelizmente, permanecem anônimos.
Aos 86 anos de idade, Blanche mora em Nova York, nos EUA. Ela conhecia a imagem à direita, mas não sabia da existência da foto da esquerda, tirada durante a guerra e reconhecida pela ferramenta. No Museu Memorial do Holocausto dos EUA, o rosto de Blanche (à esquerda) aparecia como não identificado.
Blanche morava na Polônia quando os nazistas foram buscar sua família. Seus pais foram assassinados, mas sua tia a salvou. A foto trouxe memórias à sobrevivente — uma antiga canção francesa que aprendeu quando criança e que há muito estava esquecida em sua mente.
Scott Miller, diretor de curadoria do museu, ressalta que é muito importante identificar essas fotos. “Você restaura algum semblante de dignidade a essas pessoas, algum conforto para sua família e é uma forma de memorial para toda a comunidade judaica.”
Ele ressalta que os seis milhões de judeus mortos são, na verdade, uma pessoa seis milhões de vezes. “Toda pessoa tem um nome, toda pessoa tem um rosto. Não consigo destacar o tamanho da importância dessas fotos das pessoas.”
Pesquisa é gratuita
O site
Para pesquisá-las, é preciso criar um cadastro gratuito. Quem preferir pesquisar sem cadastro, tem acesso a 34,5 mil fotos com mais de 171,4 mil rostos localizáveis. A coleção fotográfica vem do Museu Memorial do Holocausto dos EUA, do Yad Vashem (o memorial oficial de Israel para lembrar as vítimas judaicas do Holocausto) e de outras fontes online. Em breve, a plataforma deve oferecer a pesquisa em vídeos.
Na foto que ilustra a reportagem, três pessoas foram reconhecidas por Blanche. Antes que ela visse a imagem, apenas três indivíduos tinham sido identificados. Agora, graças a ela, são seis retratados reconhecidos.