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Rede SESI de Ensino intensifica trabalho sócio emocional de alunos e professores no pós pandemia

Acolhimento psicológico em todas as unidades garante aos alunos um ambiente adequado e motivador para o seu desenvolvimento

Rede SESI de Ensino intensifica trabalho sócio emocional de alunos e professores no pós pandemia

Com tantos problemas provocados nas mais diferentes áreas, podemos dizer que ninguém saiu ileso da pandemia. No setor da educação, com a retomada das aulas 100% presenciais, as escolas começaram a perceber uma dificuldade significativa dos alunos com a aprendizagem e com o relacionamento com os colegas no dia a dia. Muitos tiveram dificuldade de reconstruir os laços de amizade e vários manifestaram sintomas de doenças mentais, como a ansiedade e a depressão. Resultados alarmantes começaram a surgir dentro de pesquisas que buscaram entender esse cenário. E a constatação foi de um grande impacto e atraso no processo de aprendizagem.

Enfrentando o desafio da retomada das aulas, as Escolas SESI, desde o início, perceberam que era preciso ir além das questões relativas aos protocolos de higienização e que era preciso uma maior atenção à saúde mental. Para isto fizeram a contratação de psicólogos especializados em processos de psicopedagogia, para que todas as unidades fossem capazes de garantir para os seus alunos um ambiente adequado e motivador para o seu desenvolvimento.

De acordo com a analista da Gerência de Educação Básica, Izabela Horta, este projeto veio a partir da necessidade de se intensificar o trabalho de desenvolvimento e das habilidades socioemocionais para lidar com as questões comportamentais nas escolas. Ela explica que para isso, foi ampliada a equipe e contratados profissionais de psicologia, que atuam de forma regionalizada na Rede SESI de Ensino.

Acompanhando de perto toda a implantação e desenvolvimento desse projeto, Izabela Horta explica que a abordagem é da psicologia educacional, que difere da psicologia clínica. “Não se trata do levantamento de diagnóstico e de tratamento. Mas acontecem alguns acolhimentos e algumas intervenções individuais e coletivas diante de alguns conflitos. São também elaborados e aplicados de alguns projetos de prevenção”, destaca Izabela.

Ana Paula de Azevedo Novais Dias é uma das profissionais que atuam como psicóloga na Rede SESI de Educação, atendendo em unidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ela conta que “o trabalho socioemocional nas escolas teve início a partir da constatação do aumento significativo das questões emocionais comportamentais e sociais entre os estudantes e na comunidade escolar no contexto pós pandemia”. A psicóloga explica que a atuação dos profissionais é voltada para a realização de acolhimentos, orientações, encaminhamentos e intervenções grupais. “Não tem foco clínico de tratamento ou avaliação psicológica, mas sim de promover um espaço de diálogo e de construção de alternativas para lidar com os desafios desse novo cenário educacional”, reforça Ana Paula de Azevedo.

Os psicólogos apoiam também os professores, pedagogos e assistentes sociais, orientando e criando estratégias para minimizar conflitos e desenvolver habilidades socioemocionais. Em pouco tempo, já é possível observar o impacto positivo deste trabalho socioemocional, com os próprios alunos procurando os profissionais de psicologia. Também a aproximação das famílias dos estudantes com o ambiente escolar confirma o olhar mais sensível e humanizado da Escola para as questões subjetivas que permeiam as relações e os processos de ensino. A aposta agora é aumentar o time de profissionais atuantes nas pontas, para assegurar todo o suporte necessário no acolhimento dos alunos, que podem contar com as melhores ferramentas e metodologias, para um processo de aprendizado adequado e coerente com suas questões.

Reafirmando o lema “Se tem escola SESI, tem futuro”, a Rede SESI de Educação acrescenta que é preciso que a saúde mental esteja em dia, para a construção de um futuro promissor.

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