Ouvindo...

Smartband ajuda a provar que homem matou a própria mulher

Fitbit da vítima a registrou em movimento por cerca de uma hora após o horário declarado da morte

Dados de pulseira inteligente desvendam crime

Connie Dabate foi morta um pouco antes do Natal de 2015, enquanto seus dois filhos pequenos estavam na escola. Segundo seu marido, a casa havia sido invadida por um homem mascarado e ele havia atirado em Connie.

Só que a pulseira inteligente dela contou outra história: o dispositivo registrou a mulher em movimento pela casa por cerca de uma hora após o momento em que o marido disse que ela havia sido baleada pelo criminoso. Depois de sete anos, a smartband Fitbit se tornou, então, peça-chave para a polícia desvendar o caso e descobrir o assassino.

Apesar de, à época, serem dispositivos bem simples, usados principalmente para rastrear exercícios, suas funções básicas foram suficientes para oferecer as informações cruciais aos investigadores. As pulseiras inteligentes medem temperatura corporal, batimentos cardíacos, saturação de oxigênio, passos e movimentos, bem como calculam o nível de estresse do usuário.

Os promotores descobriram, ainda, que Richard Dabate, o marido, tinha um relacionamento extraconjugal e que a mulher estava grávida dele à época. A partir das novas informações, Dabate foi condenado a 65 anos de prisão por matar a própria mulher a tiros. Para os profissionais, ele encenou a invasão domiciliar para assassinar a mulher porque sua infidelidade estava prestes a ser descoberta com o nascimento do filho.

Mais de cem pessoas testemunharam durante as cinco semanas de julgamento. Keith Margotta, irmão de Connie, diz que, agora, a família pode seruir em frente. “Isso nos permite ter um tipo de encerramento, mesmo que não traga Connie de volta.”