A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu a investigação sobre as mortes trágicas de
Segundo a polícia, o caso foi um ato premeditado por Daniela. Os corpos foram encontrados em 9 de maio, após familiares do pai de Geovana procurarem por notícias, preocupados com o sumiço das três.
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“A causa das mortes foi asfixia por monóxido de carbono, com um alto nível da substância encontrado no sangue das vítimas”, disse a delegada, Iara França Camargos.
De acordo com a polícia, depois que a avó dormiu, Daniela vedou a janela com fita adesiva e a porta do quarto com um cobertor. Em seguida, acendeu um braseiro com óleo de cozinha.
Ainda segundo os investigadores, os corpos
Saúde mental
A delegada Iara França Camargos afirmou que diversos fatores contribuíram para o crime, incluindo o quadro de exaustão, dificuldades financeiras e problemas psiquiátricos de Daniela.
A mãe da pequena Giovana tinha depressão severa e transtorno bipolar. “Isso, associado com a falta de ingestão da medicação, que ela parou de usar quando ficou grávida, [agravou a situação], contribuiu para esse pessimismo maior dela em razão da vida”, explicou. Segundo a polícia, ela já havia tentado se matar em outras ocasiões.
Cuidados especiais
Giovanna nasceu com uma malformação grave: a ausência de ligação entre o esôfago e o estômago. A condição exigia cuidados integrais, como troca de sonda a cada três horas e alimentação especial. Apesar de já ter passado por cirurgias, uma tentativa recente de retirar a sonda foi mal-sucedida.
“E, claro, como em qualquer pai, qualquer mãe, isso causou uma tristeza muito grande na Daniela, porque os médicos disseram que essa nova tentativa para poder retirar a sonda do estômago só poderia ser feita daqui a 10 anos.”
“Ela não era uma criança que podia, por exemplo, ir a uma festinha infantil, comer a alimentação da festinha. Isso trazia um desgosto muito grande para Daniela”, afirmou a delegada.
Relação com o pai
Em 18 de março, Daniela fez um desabafo nas redes sociais com a frase “Onde assina para ser pai?”, ao lado de uma imagem de um leito hospitalar. A publicação evidenciava o sentimento de sobrecarga por cuidar da filha com deficiência.
Segundo a investigação, o pai da criança era presente. Pagava a pensão, o plano de saúde e ajudava com a alimentação especial de Geovana.
“Ele era uma pessoa presente. O genitor auxiliava, fazia o pagamento da pensão, ele visitava essa criança a cada 15 dias. Havia essa dificuldade de visitar a criança. Ele tinha que fazer isso por intermédio de terceiros porque Daniela havia pedido uma medida protetiva contra ele”, explicou a delegada. A medida protetiva havia sido solicitada após uma discussão entre o casal, em 2023.