A água da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, apresenta sinais de melhora na qualidade e aumenta a expectativa para que atividades turísticas na região, como passeios de barco e esportes aquáticos, possam ser retomadas.
Segundo medições realizadas pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura e análises da Copasa, os resultados apontam avanços no controle da poluição e indicam condições que podem permitir a volta da navegação turística.
A diretora de Manutenção de Bacias da Subsecretaria de Drenagem Urbana de BH, Ana Paula Fernandes, afirma que os resultados são fruto de ações iniciadas em 2016.
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“A melhoria da qualidade da água teve início lá em 2016, quando se iniciaram os trabalhos de limpeza do espelho d’água, tratamento da água e desassoreamento, que resultaram nessa melhoria contínua e progressiva que a gente vem obtendo. Há ainda um plano de ação em execução no qual a concessionária tem até cinco anos para fazer a interligação de 100% dos habitantes que ainda não são atendidos pelo sistema de esgotamento sanitário”, explicou.
O gestor de Empreendimentos Estratégicos da Copasa, Thiago Miranda, reforça que a companhia tem monitorado a bacia desde a homologação do acordo.
“Antigamente a gente tinha um índice de qualidade muito ruim. Em alguns pontos, a água era classificada como péssima. Ao longo do trabalho, a condição da água foi melhorando gradativamente. No último evento de coleta e análise, identificamos na própria lagoa índices de qualidade bons e até ótimos. A Copasa vem investindo em obras de ampliação da cobertura e na melhoria do sistema operacional”, detalhou.
Segundo ele, a próxima etapa será o monitoramento remoto em tempo real. “Estamos contratando uma empresa que vai monitorar a qualidade da água em 20 pontos da bacia. Será um acompanhamento remoto e online, que vai permitir identificar variações na qualidade e, quem sabe, até os eventuais poluidores”, afirmou.
Expectativa de moradores
A reportagem da Itatiaia também ouviu moradores sobre a possibilidade de retomada da navegação turística. A aposentada Conceição das Graças Tomé disse: “Desde que não vá poluir mais o que já está poluído, é uma coisa boa”.
Outro afirmou que apoiaria a ideia, mas com ressalvas: “Depende se tiver limpa. Poderia, quem sabe, fazer um passeio lá. Mas teria que ter certeza de que a lagoa está limpa e não teria problema nenhum, aí seria divertido”.