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Copasa investe na preservação da Lagoa da Pampulha com ações ambientais e sociais integradas

Com obras de saneamento, mobilização porta a porta e foco em comunidades vulneráveis, o programa Reviva Pampulha busca transformar a realidade da bacia hidrográfica e melhorar ainda mais a qualidade da água

Buscando atender a um antigo desejo de todo os mineiros, a Copasa tem intensificado sua atuação na Bacia da Pampulha com um conjunto de ações ambientais, sociais e de infraestrutura. No centro dessas ações está o programa Reviva Pampulha, criado para ampliar a cobertura de coleta e tratamento de esgoto nos municípios de Belo Horizonte e Contagem. A proposta é interligar imóveis que ainda lançam esgoto em córregos da região, evitando a contaminação da Lagoa da Pampulha, um dos principais cartões-postais da capital mineira e reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.

Dos 9.759 imóveis identificados como factíveis ou potenciais para ligação à rede de esgoto, 4.910 já foram regularizados. Todas as ligações de esgoto realizadas são feitas de forma gratuita, inclusive com a construção do ramal interno para as residências. Este é um avanço importante, considerando que os córregos Sarandi e Ressaca, responsáveis por 70% da água que chega à lagoa, ainda concentram grande número de domicílios não conectados. Para reduzir o impacto dessa vazão sobre a qualidade da água, a Copasa opera a Estação de Tratamento de Águas Fluviais (ETAF) da Pampulha, com a função de tratar as águas desses dois principais afluentes antes que cheguem ao reservatório.

Desde 2022, já foram investidos mais de R$ 74 milhões no projeto, o que representa 51% do total previsto. E os resultados já são perceptíveis: em 2023, a qualidade da água da bacia apresentou uma melhora significativa. Antes da implantação do programa, nenhum ponto da Lagoa atingia um bom padrão de qualidade. Mas esta condição começou a ser alterada e já em 2022, apenas um ponto mantinha qualidade ruim: a chegada do Córrego Sarandi à lagoa, antes da ETAF Pampulha. Nos demais trechos, como as chegadas dos córregos Ressaca e Olhos D’Água, a água passou a ser considerada regular, indicando evolução positiva.

A Copasa também mantém a operação da ETAF, que atua como uma espécie de filtro com pré-tratamento da água dos principais afluentes da lagoa. A estrutura é responsável por reter resíduos sólidos e reduzir a carga de poluentes, contribuindo para que a água chegue à Lagoa da Pampulha em ótimas condições.

Além das obras de interligação, a Copasa realiza uma série de ações complementares, como a construção de novas redes, melhorias operacionais no sistema existente, monitoramento constante da qualidade da água dos córregos e vistorias técnicas do Precend. Também são feitas inspeções para identificar lançamentos indevidos de águas pluviais nas redes coletoras. As iniciativas incluem ainda ações socioambientais, campanhas educativas, atividades de comunicação social e a garantia da continuidade da prestação dos serviços de esgotamento sanitário.

Obra estratégica na Pampulha

Outro destaque importante da atuação da Copasa na região é a obra de substituição do interceptor de esgoto na Pampulha, no bairro São Luiz, que recebeu investimentos de R$ 13 milhões. A intervenção modernizou cerca de 175 metros da tubulação, construída há mais de 30 anos, utilizando o Método Austríaco de Tunelamento (NATM) — uma tecnologia não destrutiva que minimiza impactos à população, construindo um túnel sob a avenida Antônio Carlos.

O novo interceptor, com diâmetro de 1800 milímetros, tem capacidade para conduzir até dois mil litros de esgoto por segundo, ou seja, de quase toda a bacia, reduzindo o risco de extravasamentos e reforçando a proteção da lagoa. A obra reforça o alinhamento da Companhia com práticas sustentáveis e ações voltadas à melhoria das condições ambientais da Lagoa da Pampulha, somando esforços ao trabalho desenvolvido no âmbito do Reviva Pampulha para promover qualidade de vida e bem-estar da população.

Engajamento social é chave para mudança de cenário

Parte essencial do Reviva Pampulha está fora das obras e canteiros. Com o programa “Engajar para Transformar”, a Copasa bate de porta em porta explicando, com linguagem simples, por que é tão importante fazer a ligação do imóvel à rede de esgoto. As visitas domiciliares são uma forma direta de orientação da população: mostram como regularizar a ligação, tiram dúvidas sobre o serviço e reforçam os benefícios coletivos da ação, como saúde, preservação ambiental e valorização da região.

Nas Áreas de Interesse Social, a Copasa deu início à ampliação das redes de água e esgoto em 30 comunidades de Contagem, numa etapa considerada a mais relevante do ponto de vista social. A iniciativa vai eliminar o lançamento irregular de esgoto de cerca de 1.300 famílias, beneficiando diretamente mais de 18 mil pessoas. Nas comunidades Bela Vista, Parque São João e Beatriz, os trabalhos de interligação dos imóveis à rede já estão em andamento. Todas as ligações — sejam residenciais ou sociais — estão sendo realizadas sem custo para os moradores, inclusive, com a construção do ramal interno de esgoto nas casas.

Como resultado das ações de mobilização social nas Áreas de Interesse Social, nos primeiros meses de atuação, 50% dos moradores já aderiram ao programa. Apenas 3% recusaram a interligação — um índice baixo, que reforça o resultado do trabalho de conscientização.

Resultados concretos e desafios ainda em curso

Com mais de R$ 760 milhões investidos nos últimos 20 anos em obras de saneamento na região da Pampulha, a Copasa já atingiu um índice de cobertura de coleta e tratamento de esgoto superior a 99%. Apesar desse avanço, a companhia ainda enfrenta desafios importantes no caminho da universalização completa da bacia.

O principal gargalo está no comportamento da população: muitos imóveis que já têm rede disponível ainda não estão conectados. Outros obstáculos envolvem o lançamento irregular de esgoto por comércios e indústrias e a resistência ao pagamento das tarifas. Para isso, a Copasa reforça que as ligações dentro do Reviva Pampulha são gratuitas e incentiva a adesão à Tarifa Social, que pode reduzir as contas em até 50% e ainda facilitar a negociação de débitos.

Todos os imóveis não conectados estão mapeados e recebem visitas frequentes de agentes de campo. Enquanto isso, as prefeituras de Belo Horizonte e Contagem seguem com ações complementares, como a remoção de lixo, manutenção do entorno da lagoa e atuação das Vigilâncias Sanitárias.

O objetivo final é preservar a Lagoa da Pampulha com as condições ambientais necessárias para que seja um espaço de lazer, convivência e orgulho para a cidade. E isso passa, necessariamente, pelo engajamento de todos. Por meio do programa Reviva Pampulha, a Copasa mostra que preservar o Patrimônio vai muito além da questão do tratamento da água e do esgotamento sanitário e é um esforço coletivo por uma cidade mais saudável, justa e sustentável.

Para saber mais sobre o Reviva Pampulha e contribuir para a preservação da Lagoa da Pampulha, clique aqui.