O corpo de Ivanda Viana, de 57 anos, será enterrado hoje às 14h30 no cemitério Bosque da Esperança, na região Norte de Belo Horizonte. A vítima foi encontrada sem vida em um matagal às margens da BR-381, na altura do bairro Nazaré, região nordeste da capital mineira, após ficar desaparecida por uma semana.
O principal suspeito do crime é Davidson da Silva Vieira, de 31 anos, ex-namorado de Ivanda. Ele está detido em um presídio em Lavras, no sul de Minas Gerais. Segundo as investigações, Davidson teria extorquido a ex antes de matá-la com uma pedrada na nuca.
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De acordo com familiares de Ivanda, o relacionamento entre a vítima e o suspeito era extremamente tóxico. Relatos indicam que ela já havia sido mantida em cárcere privado em outra ocasião.
Dinâmica do crime
O delegado Alexandre Oliveira da Fonseca, da Delegacia de Desaparecidos do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), explicou a dinâmica do crime: ''Eles se encontraram no domingo, dia 1 de junho. O autor e a vítima, Ivanda, foram a um caixa eletrônico, onde ela fez um saque. Acreditamos que o valor, em torno de R$ 2.000 ou R$ 2.400, foi entregue para ele’’.
Posteriormente, Ivanda estava em casa com amigas quando Davidson chegou. Após uma conversa, o suspeito deixou o local quando o filho de Ivanda, desafeto do autor, chegou. A partir desse momento, Ivanda desapareceu.
Através de análises de câmeras de segurança e outras informações policiais, os investigadores identificaram que o autor conseguiu levar Ivanda até o Jardim Vitória, uma área de mata. O delegado suspeita que a vítima possa ter sido dopada, mas aguarda a conclusão do laudo para confirmar.
Possível motivação
O delegado Alexandre Oliveira da Fonseca acredita que o crime possa estar relacionado à violência doméstica e a questões financeiras. ''Nós acreditamos que realmente ele só estava se encontrando com ela por causa do dinheiro, e ela cobrava muito a presença dele no relacionamento’’, afirmou.
Além disso, o fato de Davidson estar em livramento condicional pode ter influenciado suas ações. O delegado suspeita que o autor possa ter feito alguma ameaça à vítima, temendo que ela registrasse um boletim de violência doméstica, o que poderia comprometer seu livramento condicional e possivelmente resultar em uma regressão de regime.