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Samarco entrega novos distritos de Paracatu e Novo Bento Rodrigues, em Mariana, com casas planejadas junto às famílias

Comunidades reconstruíram laços de vizinhança e contam com escolas, praças e toda a infraestrutura urbana, da pavimentação de ruas à instalação de antenas para internet e telefonia

A vida em Mariana ganhou novos contornos com a entrega dos distritos de Novo Bento Rodrigues e Paracatu. Em julho de 2025, a Samarco anunciou a conclusão de 100% das construções previstas antes da assinatura do Novo Acordo do Rio Doce. O que antes era apenas terreno vazio hoje abriga ruas pavimentadas, redes de energia, saneamento, internet, escolas e postos de saúde. Foram erguidos 389 imóveis, entre casas, comércios, igrejas e 22 bens públicos, como escolas, praças e unidades de saúde para a população.

Um dos diferenciais desta entrega é que cada família teve a chance de reconstruir seu lar de forma personalizada. Em Novo Bento Rodrigues e Paracatu, as casas foram feitas considerando as necessidades e expectativas dos moradores. Arquitetos acompanharam para que cada detalhe, do projeto ao acabamento, fosse decidido junto com eles. Esse processo trouxe identidade e sentimento de pertencimento, algo essencial para quem perdeu tudo de forma abrupta. A comerciante Luciene Alves, primeira moradora a se mudar para Novo Bento Rodrigues, destacou: “a gente teve essa liberdade de poder fazer o desenho da nossa casa como era antes”. E completa: “as casas aqui são todas muito bonitas e agora, graças a Deus, estamos bem adaptados”.

A cozinheira Darlisa Azevedo projetou sua casa já pensando em abrir um restaurante de comida caseira, como tinha no antigo Bento Rodrigues. Hoje, o negócio prospera com ajuda dos filhos e do irmão. “Meu negócio está dando certo, graças a Deus, e vou continuar, se Deus quiser. É um negócio de família”, contou.

Laços comunitários e tradições vivas

As famílias não só receberam moradia, mas também apoio para retomar a vida social, econômica e cultural. Antes da entrega dos novos distritos, esse suporte veio com a instalação de escolas temporárias, garantindo que os estudantes de Paracatu e Novo Bento Rodrigues não perdessem o vínculo com suas raízes, e também com o suporte financeiro e logístico para a realização de encontros e celebrações, como missas, rodas de viola, procissões, carreatas, cursos e diversas outras atividades comunitárias, que ajudaram a manter tradições vivas.

A preocupação com os laços de vizinhança também foi determinante. Muitas famílias optaram por permanecer perto dos mesmos vizinhos, criando uma rede de apoio mútua, que funciona quase como uma família estendida. Essa escolha fortaleceu a convivência e trouxe mais segurança para recomeçar. “A gente teve essa opção também de poder escolher os mesmos vizinhos. E os vizinhos da gente hoje são uma família,” lembrou Luciene.

Gestão compartilhada e futuro em construção

Com a entrega das obras, a gestão dos bens públicos passou para a Prefeitura de Mariana. Para garantir que tudo funcione bem, a Samarco repassou R$ 108,9 milhões de reais à administração municipal. O primeiro pagamento, de R$ 36,3 milhões, foi realizado em abril e o restante está sendo transferido em parcelas mensais de R$ 2,6 milhões.

O coordenador de diálogo social da empresa, Ricardo Woods, destacou a importância desse apoio: “A gente ter esses equipamentos aqui no distrito traz uma segurança para que as pessoas tenham condição de permanência, tendo todos os seus serviços. A Samarco continua apoiando financeiramente. Foi firmado um acordo com o município de Mariana para um repasse de valores relacionados à operação e a manutenção desses bens e serviços nos primeiros anos após as entregas do distrito.”

Esse investimento cobre desde equipes de saúde e professores até coleta de lixo, transporte público e funcionamento das estações de tratamento de água e esgoto. Ou seja, garante que a vida cotidiana aconteça sem interrupções.

A entrega dos distritos de Novo Bento Rodrigues e Paracatu representa mais que a conclusão de obras. É um marco de construção coletiva, com famílias que voltam a ter casa, vizinhança e esperança. Como disse Luciene Alves, “voltar para cá e ver todo mundo aqui, era o que a gente mais queria, continuar junto com a comunidade, de novo unida ali”.

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