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Policial penal preso por matar a companheira em BH é levado para hospital psiquiátrico

CAMP é uma unidade médico-penal da Sejusp que abriga detentos diagnosticados com alguma doença mental

Priscilla Mundim e Rodrigo Caldas estavam em um relacionamento há cerca de cinco meses

O policial penal Rodrigo Caldas, de 45 anos, principal suspeito de matar a companheira Priscila Azevedo Mundim, foi levado da Casa de Custódia do Policial Penal e do Agente Socioeducativo, em Matozinhos, para o Centro de Apoio Médico Pericial (CAMP), em Ribeirão das Neves, na Grande BH. A informação foi apurada pela Itatiaia com fontes da segurança pública.

Em nota enviada à Itatiaia no fim de semana, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que Rodrigo Caldas deu entrada na unidade na última quarta-feira (20). Conforme apuração da Itatiaia, ele foi encaminhado para o CAMP no mesmo dia.

Em nota enviada nesta segunda-feira (25), a Sejusp informou que o policial permanecerá na Casa de Custódia. “O detento encontra-se sob acompanhamento de saúde específico, realizado no Centro de Apoio Médico Pericial (CAMP), em Ribeirão das Neves. Ao finalizarem os atendimentos necessários, ele retornará para a unidade de origem”, diz o texto.

O CAMP é uma unidade médico-penal da Sejusp que abriga detentos diagnosticados com alguma doença mental. Além de tratamentos psiquiátricos, a unidade recebe presos para tratamentos médicos temporários e realiza exames periódicos de cessação de periculosidade, conforme orientação judicial no momento da custódia.

Desde o dia do crime, cometido em 16 de agosto, no bairro Padre Eustáquio, região Noroeste de Belo Horizonte, Rodrigo estava internado no Hospital João XXIII após tentar tirar a própria vida.

Ainda conforme a nota do fim de semana, o policial ficaria na Casa de Custódia do Policial Penal à disposição da Justiça.

Afastado

Sobre a situação profissional de Rodrigo Caldas, a Sejusp informou, na semana do crime, que ele estava afastado da corporação policial penal por motivos psiquiátricos desde 2024.

Contudo, essa não era a versão que o suspeito transmitia à família de Priscila. Ele afirmava estar trabalhando normalmente e chegou a mencionar que havia participado do caso do gari assassinado em Belo Horizonte, que teve grande repercussão.

Além disso, fontes da polícia penal informaram à Itatiaia que Rodrigo trabalhou nos dias que antecederam o crime. Para a família de Priscila, ele também alegava estar usufruindo de férias-prêmio.

Relembre o crime

O feminicídio ocorreu em 16 de agosto, no bairro Padre Eustáquio, região Noroeste de Belo Horizonte. O casal estava junto havia aproximadamente cinco meses. Segundo a Polícia Militar (PM), um tio do policial contou que recebeu uma ligação do sobrinho confessando o crime e afirmando que também iria se matar. Assustado, o familiar acionou imediatamente a corporação, que foi até o local.

Priscila foi encontrada já sem vida. Rodrigo, por sua vez, foi socorrido com uma facada no abdômen.

Familiares revelaram à Itatiaia que o laudo apontou que Priscila morreu por asfixia mecânica por constrição e traumatismo craniano contuso — ou seja, ela foi enforcada enquanto tinha a cabeça violentamente golpeada.

A vítima deixou dois filhos de outro relacionamento: um jovem de 22 anos e uma menina de 11.

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Jornalista formado pela Newton Paiva. É repórter da rádio Itatiaia desde 2013, com atuação em todas editorias. Atualmente, está na editoria de cidades.
Repórter policial e investigativo, apresentador do Itatiaia Patrulha.
Jornalista formada pela PUC Minas, é repórter multimídia da Itatiaia com foco na editoria de Cidades. Estagiou na emissora por dois anos e atuou na Brazilian Traffic Network como repórter de trânsito em emissoras de BH. Vencedora do Prêmio CDL/BH de Jornalismo Universitário 2024 e do Intercom Sudeste 2025.
Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.
Maic Costa é jornalista, formado pela UFOP em 2019 e um filho do interior de Minas Gerais. Atuou em diversos veículos, especialmente nas editorias de cidades e esportes, mas com trabalhos também em política, alimentação, cultura e entretenimento. Agraciado com o Prêmio Amagis de Jornalismo, em 2022. Atualmente é repórter de cidades na Itatiaia.