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Pix parcelado terá regras do Banco Central ainda este mês

Nova modalidade deve garantir transparência, ampliar o acesso e estimular o uso consciente do crédito

Pix

O Banco Central deve divulgar até o fim do mês as regras de funcionamento do PIX parcelado. A medida prevê facilitar o acesso, garantir a transparência e estimular o uso consciente do crédito.

Na prática, o Pix parcelado já funciona em algumas instituições financeiras. A modalidade permite que o consumidor parcele pagamentos feitos por Pix — como compras ou transferências — com a cobrança de juros. Para o lojista, no entanto, o valor da venda é creditado de forma imediata, sem alteração.

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Como funciona

O Pix parcelado funciona como uma espécie de ponte entre o comerciante e a instituição financeira. Na prática, o banco faz um empréstimo ao consumidor, que paga em parcelas com acréscimo de juros, enquanto o lojista recebe o valor integral da transação na hora.

Opinião dos consumidores

O auxiliar comercial Luís Henrique disse que nunca utilizou o Pix parcelado, mas avalia a possibilidade.

“Talvez, quem sabe se eu precisar. Vai depender da taxa de juros, né? Se for melhor que a do cartão de crédito.”Já o motorista coletivo José Batista afirma que pretende aderir. “Uso Pix para tudo, demais, viu? O parcelado é uma boa opção para ajudar. Se valer a pena, sim.”

Atenção aos juros

Para o advogado e especialista em direito do consumidor Felipe Ferreira, os juros são o principal ponto de atenção.

“Muitos consumidores não estão acostumados com esse tipo de crédito e não percebem que existem juros embutidos nas parcelas. A primeira coisa que o consumidor precisa observar é a taxa de juros e quanto ela vai impactar no preço final.”

O que muda com a regulamentação

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Embora algumas instituições já ofereçam a modalidade, o Banco Central vai padronizar e estabelecer regras claras.

“No fim das contas, o Pix parcelado é uma forma de crédito. O banco empresta o valor ao consumidor e repassa ao fornecedor imediatamente. O que o Banco Central fará agora é regulamentar e exigir transparência na forma como os juros são exibidos ao consumidor”, explicou o advogado.

Fabiano Frade é jornalista na Itatiaia e integra a equipe de Agro. Na emissora cobre também as pautas de cidades, economia, comportamento, mobilidade urbana, dentre outros temas. Já passou por várias rádios, TV’s, além de agências de notícias e produtoras de conteúdo.