Um casal foi agredido por comerciantes na praia de Porto de Galinhas após se recusar a pagar um suposto aumento do valor das cadeiras de praia. Um vídeo publicado nas redes sociais registrou a confusão. Segundo o casal de turistas do Mato Grosso, o valor da cadeira foi inicialmente de R$ 50, mas depois, foi informado que o valor seria R$ 80.
Os empresários contaram que chegaram na praia por volta das 10h desse sábado (27) e que o barraqueiro informou que, caso eles não consumissem nada, o aluguel das cadeiras custaria R$ 50.
“Combinamos um valor inicialmente e quando fomos pagar a conta o valor era outro. Questionamos e eu falei, cara, não foi esse valor que você combinou conosco. Eles estavam cobrando quase o dobro do valor. E eu falei, não, eu não vou pagar, vou pagar o valor combinado antes”, começou contando em entrevista à GloboNews, o casal de empresários Johnny Andrade e Cleiton Zanatta.
Ainda segundo os turistas, após isso começaram as agressões. “Ele passou a mão na cadeira, jogou em mim, eu tentei me defender, mas eles me jogaram no chão. Quando me dei conta eram uns dez em cima da gente, batendo na gente”, lamentou.
Vídeo: casal de turistas é agredido em Porto de Galinhas após cobrança abusiva de cadeiras
— Itatiaia (@itatiaia) December 29, 2025
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Segundo Johnny, ele acredita que o fato de estar com o companheiro e de serem gays pode ter influenciado o ataque. “Acredito que foi algo homofóbico também, porque eles perceberam que nós somos um casal gay”, pontuou ele.
De acordo com o casal, eles foram retirados da praia com a ajuda de guarda-vidas civis e levados até uma Delegacia de Porto de Galinhas, onde foi registrado um Boletim de Ocorrência (BO). Em seguida, eles receberam atendimento em um hospital da região e tiveram os documentos devolvidos por policiais. Johnny revelou ainda que a dona da barraca enviou o Pix com os militares e que exigia o pagamento.
“Acabamos perdendo os documentos quando fomos agredidos, mas o policial apareceu no hospital para devolver a gente e foi nessa hora que ele trouxe o Pix da dona da barraca, que ela exigiu que a gente pagasse, e aí a gente fez o Pix”, afirmou ele.
“Precisei fazer raio-x da face toda, meu corpo está todo dolorido. Mas meu rosto está todo danificado. Se a gente não conseguisse escapar deles, eles iriam matar a gente. Eu vi a morte na nossa frente”, lamentou ele.
Conforme a Polícia Civil de Pernambuco, quando acionados no local a situação já havia sido controlada e que o caso é tratado como prioridade, com a intenção de identificar os envolvidos. O caso é investigado como lesão corporal.