Uma motocicleta foi transportada dentro de um ônibus de passageiros de
“Fiquei tão assustada que não consegui pegar o número da linha e do ônibus. E olha que sempre tenho esse costume. Essa da moto foi o fim da picada”, desabafou a passageira, que mora no bairro Nova Suíça, Região Oeste da capital. Ela ressaltou que sequer conseguiu embarcar no coletivo.
Aposentada, Liliane sofre de esclerose múltipla e usa cadeira de rodas há vinte anos. Ela contou que passa por inúmeras dificuldades diariamente, mas nunca tinha visto nada parecido. “Fiquei em choque. Se fosse carrinho de picolé, mas uma moto?”, destacou Liliane, que participa da Comissão Regional de Trânsito e luta por condições melhores para os usuários.
Esclerose múltipla
A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune, crônica e neurodegenerativa que afeta o sistema nervoso central. Segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem), a doença atinge 40 mil brasileiros, principalmente mulheres jovens, na faixa de 20 a 40 anos.
Os sintomas mais comuns são: fadiga (cansaço intenso e momentaneamente incapacitante, muito comum quando o paciente se expõe ao calor ou faz esforço físico intenso); alterações fonoaudiológicas (palavras arrastadas, voz trêmula, disartrias, pronúncia hesitante das palavras ou sílabas e dificuldade para engolir alimentos líquidos, pastosos ou sólidos); transtornos visuais (visão embaçada e dupla); problemas de equilíbrio e coordenação (perda de equilíbrio, tremores, instabilidade ao caminhar, vertigens e náuseas, falta de coordenação e debilidade nas pernas e ao caminhar), além de fraqueza geral.
Prefeitura se posiciona
Em nota enviada à Itatiaia, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Superintendência de Mobilidade, afirmou que apura a conduta do operador. Abaixo, confira o posicionamento na íntegra:
“A Superintendência de Mobilidade informa que já acionou o consórcio responsável pela linha 739 para apurar a conduta do operador. A fiscalização da linha será intensificada.
Esclarecemos que é proibido o transporte de itens de grandes dimensões no interior dos veículos.
Para fazer uma denúncia sobre o transporte público de Belo Horizonte, o usuário pode usar o WhatsApp (31) 98472-5715, o aplicativo PBH APP, o Portal de Serviços da prefeitura ou o telefone 156”.