No quarto episódio da série “Barreiro do comércio, da indústria e do agro: 170 anos do maior e mais antigo bairro da cidade de Belo Horizonte”, o retrato de uma região em constante crescimento, especialmente nas últimas duas décadas. O
No bairro Bom Sucesso, o comerciante Eliseu Paes veio da cidade de Porto Firme, na Zona da Mata, e está no
Erlanes Lacerda, porteiro de 49 anos e morador do Bom Sucesso desde que nasceu, percebeu o crescimento do comércio local. “Melhorou muito. De dez anos pra cá, principalmente”, afirma.
A tendência do comércio próximo de casa tem se consolidado nacionalmente, e no Barreiro não é diferente. Cada bairro, com sua
Comércio é desenvolvimento social
O comércio local movimenta a economia, gera empregos e oportunidades para os moradores. A economista Gabriela Martins, da Fecomércio-MG, destaca a importância desse setor para o desenvolvimento regional: “É no comércio de bairro que muitas pessoas têm o primeiro emprego. Quem decide empreender muitas vezes começa ali mesmo, na sua própria comunidade, gerando renda e oportunidades locais.”
Com mais gente morando e trabalhando na mesma região, a renda circula ali mesmo. O Barreiro, que cresceu impulsionado pela indústria, hoje se fortalece com o comércio.
O historiador Túlio Gregory observa que, diante da desaceleração industrial, o comércio assumiu papel de destaque. “A Manesmann foi comprada pela Vallourec. Ainda existem algumas atividades, mas mínimas se comparadas a 1953, ano da inauguração da siderúrgica. Esse enfraquecimento industrial fez o comércio se sobressair como principal fonte de renda. Com cerca de 350 mil habitantes, o Barreiro precisa de uma rede comercial ampla para atender sua população”, explica.
José Eustáquio, aposentado, mora há 59 anos no Vale do Jatobá e viu a região se transformar. “Aqui quase não tinha prédio. Eu mesmo ajudei a conseguir vários. Hoje é muito comércio, depósito de construção, muita residência”, conta com orgulho.