O morador do bairro Olhos d’Água, na Região do Barreiro, em Belo Horizonte, José Carlos de Souza, de 52 anos, ficou preso por quase dois meses após ser confundido com um foragido da Justiça. O mineiro estava na
José de Souza, que nunca esteve no Estado de Alagoas, foi encaminhado para a delegacia, onde ficou por três semanas. Em seguida, o mineiro ficou um mês no
“Eu simplesmente fui tirar uma carteira de identidade e, quando cheguei lá, o policial falou que eu estava com mandado de prisão. Eles só me prenderam e me levaram para delegacia”, explicou o mineiro.
Segundo José de Souza, ele foi confundido com um homem que cometeu crimes relacionados ao tráfico de drogas. O belo-horizontino definiu os dias na prisão como “muito difíceis”. “Só gente que você não conhece, tem todo tipo de pessoas. [...] Muita crueldade. Eles não olharam primeiro, nem verificaram o meu estado”, desabafou José de Souza
A situação assustou os familiares do belo-horizontino, que ficaram preocupados, principalmente, com a situação em que ele estava dentro do Ceresp Gameleira. Raquel Souza, filha do mineiro, definiu os quase dois meses em que o pai ficou detido como angustiantes.
“A gente no início não tinha notícias, não sabia onde ele estava. E meu pai estava numa situação deplorável, ele estava cheio de machucados no corpo”, relembrou Raquel de Souza.
A reportagem da Itatiaia tenta contato com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) desde segunda-feira (25), mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O conteúdo será alterado quando o posicionamento chegar.
José entrou com pedido de indenização
José de Souza entrou na Justiça para pedir uma indenização pelo tempo em que passou preso injustamente. Acompanhado pelo advogado criminalista Thiago Calazans, o mineiro defende que deve ser reparado pela injustiça.
“Foi identificado dentro do processo inúmeras possibilidades do Estado conseguir identificar que o José aqui presente não se trata daquele José: através da assinatura, através do RG, através, até mesmo, mesmo da aparência, porque foi colocado no processo as fotografias dos José e o Estado, infelizmente, errou drasticamente”, ressaltou o advogado criminalista.
“Não se trata de um mero engano, trata-se de uma vida interrompida por um descaso estatal”, finalizou.
*Sob supervisão de Lucas Borges