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Médico é condenado a 43 anos por abusar de ao menos 10 pacientes em Minas Gerais

De acordo com as investigações, algumas delas faziam tratamento contra o câncer e os estupros aconteceram dentro de um hospital em Itabira

O mastologista Danilo Costa

O médico mastologista Danilo Costa, réu por abuso sexual contra ao menos dez mulheres, incluindo pacientes e colegas de trabalho em um hospital de Itabira, na região Central de Minas Gerais, foi condenado a 43 anos de prisão nesta terça-feira (22).

Segundo investigações da Polícia Civil, parte das vítimas estava em tratamento contra o câncer no momento em que ocorreram os abusos. A condenação atendeu ao pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)

A sentença reconheceu que ele se aproveitou da posição de autoridade e da relação de confiança estabelecida com as pacientes para cometer os crimes em ambiente hospitalar e ambulatorial, contrariando deveres éticos fundamentais da prática médica.

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“A decisão descreve a conduta como uma grave violação dos princípios profissionais da medicina, marcada pelo comprometimento da relação médico-paciente e pela instrumentalização do ato médico com fins abusivos”, relatou o MPMG.

Além da pena de reclusão, o réu foi condenado ao pagamento de indenização por danos morais às vítimas, em valores que variam de R$ 100 mil a R$ 400 mil.

A Justiça também determinou a expedição de ofício ao Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) para comunicar a condenação criminal do acusado, com base nos artigos 213 (estupro) e 215-A (importunação sexual) do Código Penal.

A medida considera a gravidade dos fatos, praticados durante o exercício da atividade médica e no contexto da assistência à saúde de mulheres em situação de vulnerabilidade.

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Alex Araújo é formado em Jornalismo e Relações Públicas pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH) e tem pós-graduação em Comunicação e Gestão Empresarial pela Universidade Pontifícia Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Já trabalhou em agência de publicidade, assessoria de imprensa, universidade, jornal Hoje em Dia e portal G1, onde permaneceu por quase 15 anos.